O ÔNIBUS 36 DA ZONA OESTE

O ônibus 36 da Zona Oeste

Naquele dia não entendi tal comportamento da pequena garota

Eis as lágrimas de uma flor, de uma poetisa do amor

Eis que o choro virou no asfalto da zona oeste a essência dar dor

Mas que dor é esta que não tem remédio não tem endereço

Não tem sangue nas veias não tem palpitações no coração

Ah... Se ela soubesse explicar tão tamanha heresia

De dizer a razão e ao coração para nunca mais AMAR

NUNCA FALAR de si quando estiver conversando com o coração

Mesmo apanhando do destino das palavras encontradas nos outdores

Ela faz de todos os dias tormentos incansáveis

As possibilidades ainda continuarão remotas

Mas ela insiste... Um dia a esperança chegará ao ponto do ônibus que ela pega

Queria confortá-la, convidá-la para um café ou quem sabe passar por todos os ônibus sem rumo sem turno.

Descobrir em cada um os sofrimentos as alegrias que perpassam cada passageiro

Como terminar a história da garota do ônibus 36 de olhos negros e sapatos verdes

Me perdir nas fragrâncias, nos comportamentos nos sussurros dos passageiros.

Não sei onde ela esta agora... Olho no vento, nas paisagens pelo vidro do ônibus, na criança dormindo, no casal apaixonado, no motorista cansado a resposta do seu desespero... Chega à rota final do seu destino da passageira de sapatos verdes

Amanhã a encontrarei seguindo o mesmo destino o mesmo sonho o mesmo olhar de todos os dias do ano.

Não é sua cruz... Descobrir que é a maneira dela acreditar na vida, nas formas de amor.

Dani Drummond
Enviado por Dani Drummond em 18/02/2009
Código do texto: T1446455
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