Ela comprou aquele coração decorado de significados orientais numa casa chinesa.
Valor material não tinha, mas era o significado que ela o dava que a aprisionou a alma.
Dentro de uma pequena caixa, repleta de neve de plástico, lacrada com tímidas fitas durex transparentes, colocou-a dentro da bolsa e seguiu seu destino.
Amou com inocência de criança e já na porta de saída entregou-lhe a pequena caixa.
Virou-se ainda recebendo uma pequena palmada nos glúteos e desceu as escadas se dirigindo ao carro.
Sentada em frente a direção, imaginava sua vida abrindo o presente, a pequena caixa, e lendo seu bilhete escrito na cor rosa:
“
Querido Sniper,
É apenas uma lembrança de uma amiga.
Pensei no que poderia lhe dar..Pensei em várias coisas...
Todas materiais e sem qualquer importância...
É uma metáfora!
Algo que não tem qualquer valor material, mas que atribuo a essa forma um significado, uma lembrança...
É o meu coração que lhe dou!
A caixa jogue-a fora!
Essas palavras rasgue-as...
E meu coração...?!
Faças o que quiseres,
Ele é teu mesmo!
Com Carinho,
Narceja “
Sniper amassou a caixa destruindo-a por completo e jogou-a no lixo da cozinha juntamente com o coração chinês de Narceja.
Ligou a televisão e foi ver o noticiário.