O TELEFONE

O telefone toca, o meu coração faz o eco. Alguém atende. "Será para mim?", penso.

Ela chama outra pessoa. "Não, não é", concluo.

Olho, ele está no gancho.

Triim... Triim... outra vez.

Fico apreensiva. " Por que não atendem?", pergunto-me.

Atenderam. Chamam novamente a mesma pessoa.

"Tinha caído a ligação", comenta.

Assim foram-se passando as horas... os dias...

À noite, nos meus sonhos, o triim do telefone perseguia-me.

Já tinham se passado vários dias e... nada.

Acordei-me com a sensação de que ele não iria decepcionar-me. A minha intuição me dizia e eu resolvi apostar nela. Fiquei atenta.

Cheguei cedo ao trabalho.

Os minutos foram passando, as horas se acumulando e o telefone tocando, mas não era para mim.

Fiquei com raiva e decidi não dar importância aos toques insistentes dele.

Meio dia... e nada.

Absorta no meu trabalho, fiz dele um mero instrumento, não deixando transparecer que era o único meio de comunicação que podia fazer-me feliz. Acho que ele entendeu a minha angústia e fez seus contatos.

Final do dia... mais um sem notícias.

" Vou verificar a minha caixa postal de novo", pensei.

Disquei o número. Esperei...

Para a minha felicidade, depois de vários dias, estava gravada a mensagem que eu tanto esperava.

- Oi amor... Ligue-me urgente! Estou com saudades.

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 14/01/2009
Código do texto: T1383553
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