ESPERANÇA/ 7 CAPÍTULO
Saindo do prédio em que trabalha, Lia encontrou-se casualmente com Marina e começaram a conversar sobre a vida, enquanto as duas seguiam juntas rumo ao centro da cidade.
-E seu novo patrão é muito exigente perguntou Lia?
-Que nada disse Marina, ele nem nota minha presença, vive sempre as voltas com o computador parece que está escrevendo um livro.
-Interessante disse Lia, sobre o que será que ele escreve.
-Não sei dizer, a gente nunca se fala, ele é muito quieto e triste, sinto pena dele às vezes.
Caminhando elas chegaram até uma loja onde se despediram e cada uma foi cuidar dos seus afazeres.
Lia entrou numa loja onde foi muito bem recepcionada pela dona que tinha um imenso carinho por ela.
-Boa tarde Emília, como vai? Hoje resolvi fazer umas compras, estou precisando de algumas mudanças no meu perfil você não acha? Disse Lia.
-Claro concordou Emília a dona da loja, vamos já ver o que você deseja, é pra isso que estamos aqui disse rindo.
E o curso de psicologia quando vai recomeçar quis saber Emília, afinal você estava no ultimo ano quando resolveu parar, sempre é tempo de recomeçar querida, pense nisso.
Ela lembrou de quando deixou a faculdade de psicologia achando que se não conseguia cuidar nem dela, como iria cuidar de outras pessoas, na época ela estava se sentindo muito depressiva pela perda do seu noivo e nada mais lhe interessava.
Então depois de um tempo seu pai a convidou para trabalhar com ele na imobiliária, para que ela pudesse sair um pouco do quarto onde ele se refugiara.
Convenceu-a de que ela era indispensável e que ele precisava da sua ajuda, e ela como uma boa filha acatou seu pedido, e começou uma nova vida agora como recepcionista da empresa imobiliária do pai, mas suas emoções ficaram paradas no tempo.
Agora ela era somente um ser que via o tempo passando sem nem ao menos notar.
Não saia, não gostava de passear, e nem de falar de assuntos que não fossem o trabalho.
Porem era sempre muito gentil e educada com todos e por isso muito querida e respeitada.
Hoje perece que ela estava num dia de graça por isso foi fazer compras, e espairecer um pouco.
Ao sair da loja inesperadamente ela vê Jorge vindo ao seu encontro; olá Lia que coincidência encontrar-nos aqui não é mesmo, que tal um cafezinho convidou-a? Podemos sim disse ela sorridente, ela não entendia como Jorge conseguia fazer seu estado de espírito mudar assim como num passe de mágica.
Foram até um café próximo dali e sentaram numa mesa de canto onde se via a rua agora movimentada pelo horário de fim de tarde.
Tomaram o café enquanto conversaram sobre vários assuntos diferentes enquanto a hora passava sem que eles nem percebessem.
Então Jorge pediu a conta e os dois saíram para o ar fresco da rua.
A tarde estava deliciosa, e havia um forte cheiro de jasmim que dava ao lugar um encanto carregado de doce magia, parecia um cenário de sonho e sedução.
O céu cor de rosa refletia ainda os últimos raios de sol que se escondia atrás da montanha verdejante.
É mesmo um lugar encantador esse disse Jorge, olhando diretamente nos olhos azuis de Lia que se encantava com o lindo por do sol.
E agora o que faremos, vamos ao cinema, tem um ótimo filme sendo exibido, topa.
Adoraria acompanha-lo, mas infelizmente hoje não vai ser possível, mas prometo que qualquer dia eu irei assistir um filme com você.
Agora preciso ir, não avisei em casa que ia demorar, e meus pais vão ficar preocupados com minha demora.
Foi muito bom ter estado com você, espero que isso se repita outras vezes Lia, disse Jorge dando lhe um beijo no rosto.
Eu também goste muito, obrigada por tudo e até mais, deu-lhe um sorriso sereno e encantador e foi embora deixando um leve perfume no ar.
Jorge também foi andando e pensando, como era bom sentir aquela paz que até agora só essa doce menina teve o dom de lhe proporcionar.
Chegando à sua casa, Jane a mãe de Lia notou um semblante diferente em sua filha, parece que a tristeza enfim estava indo embora, comentou com o marido enquanto Lia ia para o quarto.
Já estava mesmo na hora disse ele, afinal ninguém merece ficar vivendo do passado, principalmente tendo uma vida inteira pela frente.
Em seu quarto, deitada em sua cama Lia pensava em Jorge, ele era tão gentil e meigo, mas parecia esconder uma infinita tristeza naquele olhar encantador. Por que será que ele veio morar nessa cidade?
Será, que ele tinha família, esposa, filhos? Mas se tinha por que não vieram juntos com ele? Muitas perguntas sem resposta, que só agora ela pensava.
Jorge também estava pensando em Lia, nessa menina linda e adorável que tinha o dom de fazê-lo esquecer seus problemas e levá-lo a sentir uma leveza de alma que há muito tempo não sentia.
Depois de tentar se concentrar no seu livro por horas Jorge resolveu ir dormir, e pela primeira vez em anos ele teve uma noite tranqüila e sem sonhos.
Abriu a janela e viu o sol brilhando intensamente num lindo céu azulado com pequenas nuvens brancas como se fossem carneirinhos passeando no infinito.
Interessante ele pensou, nunca antes havia reparado como o mundo era belo e que a natureza dava esse espetáculo diariamente.
Como é bom estar assim em paz, sem mágoa ou tristeza, como se estivesse nascendo de novo.
Tomou uma ducha, barbeou-se e foi à cozinha tomou seu café da manhã que Marina preparara.
E novamente sentiu aquela alegria sem causa aparente, que só os enamorados sentem, mesmo antes de perceberem que estão amando.
Na imobiliária Lia falava com um homem que desejava alugar um imóvel.
Pode ser pequeno, pois moro só, minha esposa faleceu há três anos vítima de um acidente automobilístico. A única coisa que restou dela foi essa jóia como pode ver, tem até o nome dela gravado no verso. E Lia viu que o nome era Laura. Se você aceitar poderia deixar como caução, uma vez que não tenho fiador, ela não vai mais precisar dele mesmo. Estou chegando agora de viagem e pretendo fixar residência por aqui. Gostei do lugar, é uma cidadezinha simpática e agradável.
Cointinua...
Saindo do prédio em que trabalha, Lia encontrou-se casualmente com Marina e começaram a conversar sobre a vida, enquanto as duas seguiam juntas rumo ao centro da cidade.
-E seu novo patrão é muito exigente perguntou Lia?
-Que nada disse Marina, ele nem nota minha presença, vive sempre as voltas com o computador parece que está escrevendo um livro.
-Interessante disse Lia, sobre o que será que ele escreve.
-Não sei dizer, a gente nunca se fala, ele é muito quieto e triste, sinto pena dele às vezes.
Caminhando elas chegaram até uma loja onde se despediram e cada uma foi cuidar dos seus afazeres.
Lia entrou numa loja onde foi muito bem recepcionada pela dona que tinha um imenso carinho por ela.
-Boa tarde Emília, como vai? Hoje resolvi fazer umas compras, estou precisando de algumas mudanças no meu perfil você não acha? Disse Lia.
-Claro concordou Emília a dona da loja, vamos já ver o que você deseja, é pra isso que estamos aqui disse rindo.
E o curso de psicologia quando vai recomeçar quis saber Emília, afinal você estava no ultimo ano quando resolveu parar, sempre é tempo de recomeçar querida, pense nisso.
Ela lembrou de quando deixou a faculdade de psicologia achando que se não conseguia cuidar nem dela, como iria cuidar de outras pessoas, na época ela estava se sentindo muito depressiva pela perda do seu noivo e nada mais lhe interessava.
Então depois de um tempo seu pai a convidou para trabalhar com ele na imobiliária, para que ela pudesse sair um pouco do quarto onde ele se refugiara.
Convenceu-a de que ela era indispensável e que ele precisava da sua ajuda, e ela como uma boa filha acatou seu pedido, e começou uma nova vida agora como recepcionista da empresa imobiliária do pai, mas suas emoções ficaram paradas no tempo.
Agora ela era somente um ser que via o tempo passando sem nem ao menos notar.
Não saia, não gostava de passear, e nem de falar de assuntos que não fossem o trabalho.
Porem era sempre muito gentil e educada com todos e por isso muito querida e respeitada.
Hoje perece que ela estava num dia de graça por isso foi fazer compras, e espairecer um pouco.
Ao sair da loja inesperadamente ela vê Jorge vindo ao seu encontro; olá Lia que coincidência encontrar-nos aqui não é mesmo, que tal um cafezinho convidou-a? Podemos sim disse ela sorridente, ela não entendia como Jorge conseguia fazer seu estado de espírito mudar assim como num passe de mágica.
Foram até um café próximo dali e sentaram numa mesa de canto onde se via a rua agora movimentada pelo horário de fim de tarde.
Tomaram o café enquanto conversaram sobre vários assuntos diferentes enquanto a hora passava sem que eles nem percebessem.
Então Jorge pediu a conta e os dois saíram para o ar fresco da rua.
A tarde estava deliciosa, e havia um forte cheiro de jasmim que dava ao lugar um encanto carregado de doce magia, parecia um cenário de sonho e sedução.
O céu cor de rosa refletia ainda os últimos raios de sol que se escondia atrás da montanha verdejante.
É mesmo um lugar encantador esse disse Jorge, olhando diretamente nos olhos azuis de Lia que se encantava com o lindo por do sol.
E agora o que faremos, vamos ao cinema, tem um ótimo filme sendo exibido, topa.
Adoraria acompanha-lo, mas infelizmente hoje não vai ser possível, mas prometo que qualquer dia eu irei assistir um filme com você.
Agora preciso ir, não avisei em casa que ia demorar, e meus pais vão ficar preocupados com minha demora.
Foi muito bom ter estado com você, espero que isso se repita outras vezes Lia, disse Jorge dando lhe um beijo no rosto.
Eu também goste muito, obrigada por tudo e até mais, deu-lhe um sorriso sereno e encantador e foi embora deixando um leve perfume no ar.
Jorge também foi andando e pensando, como era bom sentir aquela paz que até agora só essa doce menina teve o dom de lhe proporcionar.
Chegando à sua casa, Jane a mãe de Lia notou um semblante diferente em sua filha, parece que a tristeza enfim estava indo embora, comentou com o marido enquanto Lia ia para o quarto.
Já estava mesmo na hora disse ele, afinal ninguém merece ficar vivendo do passado, principalmente tendo uma vida inteira pela frente.
Em seu quarto, deitada em sua cama Lia pensava em Jorge, ele era tão gentil e meigo, mas parecia esconder uma infinita tristeza naquele olhar encantador. Por que será que ele veio morar nessa cidade?
Será, que ele tinha família, esposa, filhos? Mas se tinha por que não vieram juntos com ele? Muitas perguntas sem resposta, que só agora ela pensava.
Jorge também estava pensando em Lia, nessa menina linda e adorável que tinha o dom de fazê-lo esquecer seus problemas e levá-lo a sentir uma leveza de alma que há muito tempo não sentia.
Depois de tentar se concentrar no seu livro por horas Jorge resolveu ir dormir, e pela primeira vez em anos ele teve uma noite tranqüila e sem sonhos.
Abriu a janela e viu o sol brilhando intensamente num lindo céu azulado com pequenas nuvens brancas como se fossem carneirinhos passeando no infinito.
Interessante ele pensou, nunca antes havia reparado como o mundo era belo e que a natureza dava esse espetáculo diariamente.
Como é bom estar assim em paz, sem mágoa ou tristeza, como se estivesse nascendo de novo.
Tomou uma ducha, barbeou-se e foi à cozinha tomou seu café da manhã que Marina preparara.
E novamente sentiu aquela alegria sem causa aparente, que só os enamorados sentem, mesmo antes de perceberem que estão amando.
Na imobiliária Lia falava com um homem que desejava alugar um imóvel.
Pode ser pequeno, pois moro só, minha esposa faleceu há três anos vítima de um acidente automobilístico. A única coisa que restou dela foi essa jóia como pode ver, tem até o nome dela gravado no verso. E Lia viu que o nome era Laura. Se você aceitar poderia deixar como caução, uma vez que não tenho fiador, ela não vai mais precisar dele mesmo. Estou chegando agora de viagem e pretendo fixar residência por aqui. Gostei do lugar, é uma cidadezinha simpática e agradável.
Cointinua...