Esperança/4º capítulo
Jonas, o seqüestrador, desapareceu na mata e nunca ninguém soube que foi ele o causador daquele acidente na estrada.
Desde então três anos se passaram sem que descobrissem a causa do acidente que vitimou Laura e Pedro.
Jorge tentou descobrir a causa, mas nunca conseguiu chegar a lugar nenhum, mas jamais esqueceu o episódio fatal.
Agora estava ali naquela cidadezinha do interior sem saber por que fora parar ali.
Nessa noite Lia sonhou com Pedro e teve a nítida impressão de que ele estava ali e queria que ela entendesse algo que ele tentava dizer, mas seus ouvidos não podiam ouvir, então ficou apenas a olhar e antes de sair disse, “-seja feliz amor”, desaparecendo em seguida.
Lia acordou sobressaltada, há muito tempo ela não sonhava com Pedro.
Jorge teve uma noite insone e quando dormia parecia ouvir alguém que o chamava, mas ele não entendeu o que essa pessoa dizia, era como se estivesse perdido na sua própria angústia, dormiu e acordou várias vezes com uma sensação de que não estava só, mas ao mesmo tempo sabia que não havia mais ninguém na casa além dele.
Quando acordou de manhã viu que Marina já tinha preparado o desjejum.
Depois de um banho e de tomar um cafezinho saiu à rua em busca de um jornaleiro. Precisava saber das notícias da manhã, sempre desde a morte de Laura que ele ansiava por notícias, achava que um dia ele veria no jornal o desfecho daquele triste acidente que marcou sua vida para sempre.
Estava andando envolto em seus pensamentos quando distraidamente na esquina, quase trombou com Lia que estava indo para o trabalho.
-Mas olha só quem eu vejo logo cedo, se não é a minha mais nova amiga e cicerone Srta Lia. -Até parece conspiração do destino para nos aproximar falou rindo.
-Aonde vai a linda moça? Ele perguntou sorridente...
-Olá Jorge. -Como vai? -Esqueceu que eu trabalho querido, e riu também demonstrando uma súbita felicidade com o encontro inesperado.
-Ah! É verdade, será que podemos caminhar juntos, estou indo comprar o jornal da manhã, sempre gosto de ler os noticiários policiais disse Jorge.
E Lia disse que também tinha o mesmo hábito como se fosse um ritual desde que perdeu o noivo num acidente. Mas isso é um assunto que não gosto de comentar, disse arrependida por se abrir com um quase estranho.
Continua...