Poetas Errantes
Ó poetas sem glória
No silêncio da história
Com as mãos frias de pranto
Vagam longe no encanto
Vossos versos imploram
Almas raras que choram
Nas paredes virtuais
Onde os sonhos são tais
Numa terra sombria
Que a leitura esvazia
Trocam livros por gritos
E saber por conflitos
Camões chora escondido
E Gregório, ferido
Riria dessa sorte
Que faz viva a morte
Mas os versos insistem
Vagam noites e existem
Esperando a razão
De um remoto clarão
Ó poetas cansados
Com seus sonhos quebrados
Na ciranda sem fim
Onde a luz jaz em mim