Releitura
Releitura
Por Fernando Silva – Carpina
A natureza inspira um revisitar de poesia
Uma recordação que de lá me vem
Um suspense de pescaria em dia santo
Um tempo menino com lições de mar
Canoa de centreiro levada pelas luzes da maré
Um desabafo de solidão sobre uma pedra
Vem comigo, diz o menino que virou caranguejo
Um poema Pará
Um cantar pra hoje
Águas de março me leva a rever o Ataíde da Mariquita
São Dias cinzas a inspirar canto fúnebre
Poderíamos passear em noite escuras
Comprar um tempo em dedicatórias que ainda lembro
A visita e a quietude que gera transformação
Ensaios de saudade do menino que dia e noite alça seu voo matinal
Entre linhas, a matinta e o miserável devem estar junto
Eu quero apenas meu lugar
No amanhecer olhar a garça branca à beira do manguezal
Sem querer o amor dirá haja luz e luz se faz
É a letramorfose que invade o dia dos filhos
É o primeiro amor que traduz o sentido da amizade
Essa metamorfose de cisma e maré alta
Alma que vai do carnaval às cinzas
Contradições e cismas do querer mais amigos
Repouso em família que faz
Não querer amigos, pois és tu, meu encanto