PEQUENINA

[Cantiga para Edna]

Lá, à beira do rio Parnaíba, lá estava ela, linda!

Parecia uma formiguinha, sempre alvoroçada...

Era pequenina, uma mulher em formação ainda!

Que se dizia por mim, louca, muito apaixonada...

Fomos um dia para o outro lado do nosso rio...

Atravessamos o “velho monge” ali, numa canoa!

Olhando lá ao longe, as sombras de um casario...

Queríamos ficar a sós, bem no final de uma coroa!

E assim, até quase o sol se pôr, beijos e abraços...

Mas o dever de enfermeira a chamava e lá se vai,

Pra nunca mais voltar! Lembro-me os seus traços...

Um adeus sofrido, feito gota de lágrima que cai!

O que restou, foi essa languida lembrança dela...

Seu sorriso, a espera ansiosa... O olhar e a janela!

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 23.08.2013

18h56min [Noite]

Estilo: Soneto