Ciranda da História
Belém, 02 de novembro de 2015.
Outro dia reparei que meu herói não era mais lembrado
Perdeu - se também a heroína no meio de tanta futilidade
Não sei se é justo pelo tanto que pensaram em nós
Acontecerá conosco a mesma tragédia
O esquecimento? A verdadeira morte?
Eu acredito tanto na vida.
Brinque uma ciranda viva
Tão alegre memória
Roda alegre criativa
De quem montou a história
Roda roda pessoinhas
Olhem no sorriso do lado
Foi a mesma cirandinha
No passado
Foi sonhado
Um final começado
Passeio pelo horizonte
Não sei que fiz, não lembro
Não quero ser poente
E sim aurora de um novo tempo
Se me ajudas a descobrir
Talvez eu volte pra você
E se recordas como agi
Vai prosseguir
Meu produzir
Não terá fim
Meu viver
Brinque uma ciranda viva
Tão alegre memória
Roda alegre criativa
De quem montou a história
Roda roda pessoinhas
Olhem no sorriso do lado
Foi a mesma cirandinha
No passado
Foi sonhado
Um final começado
Com tanta novidade
Esqueço de manter acesa
A chama da verdade
Heróis e suas certezas
O que realmente acaba
É aquilo que não traz saudade
Gaveta empoeirada
Dou uma limpada
Rememorada
Eternizada
Vontade
Brinque uma ciranda viva
Tão alegre memória
Roda alegre criativa
De quem montou a história
Roda roda pessoinhas
Olhem no sorriso do lado
Foi a mesma cirandinha
No passado
Foi sonhado
Um final começado
CIRANDAR!
Boneca de talho
De um miriti
Na cara um olhão
De um caroção
Bem preto açaí
Cuidado tatu
Cuidado cutia
Ali tá escondido
Uma armadilha
Da mandioca
Da Dona Coroca
Vem tapioca
Que coisa gostosa
Palmito dá creme?
Dá sim senhor!
Parece mingau
Gostoso sabor!
Vou tomar açaí
Quebrou a vasilha
E agora o que faço?
Usa a cuia minha filha
Envira te fiz a corda
Envira laçou o amor
Do ouriço eu fiz vaso
Agora te dou a flor
A Rede Rosada
Se viu vermelhada
Da Rede Xadrez
Jurou ser amada
Rabeta Rabetona
Rabetar rabetinha
Quantas rasas tu aguenta
Quantos fardos de farinha?
Vai a mãe, vai o filho
Vai o avô, vai o pai
Vai cunhada, vai a sogra
Vê cachorro se não cai
Quiquió é passarinho
Quiquió é assobio
Quiquió te guiou
Onde agora é o rio
Corre maninho
Que tá espocando
É nada maninho
Jabuti tá brigando
Grita bem alto
O capelão
Chega assustou
Até o gavião
Mansinho amigo
É o peixe-boi
Mascando o mato
Pergunta o que foi?
Quieta e escuta
O pirarucu
O bicho fugiu
Alguém soltou pum?
Cadê o piquiá
Que tava aqui?
Meu avô falou
Eu vou repetir
Cadê castanheira?
Que tava aqui?
Minha avó falou
Eu vou repetir
E o igarapé?
Que tava aqui?
Mãezinha falou
Eu vou repetir
Cadê jabuti?
Que tava aqui?
Meu pai reclamou
Eu vou repetir
Cadê natureza?
Que tava aqui?
Eu vou reclamar
Pros netos insistir
Brinque uma ciranda viva
Tão alegre memória
Roda alegre criativa
De quem montou a história...
Belém, 02 de novembro de 2015.
Outro dia reparei que meu herói não era mais lembrado
Perdeu - se também a heroína no meio de tanta futilidade
Não sei se é justo pelo tanto que pensaram em nós
Acontecerá conosco a mesma tragédia
O esquecimento? A verdadeira morte?
Eu acredito tanto na vida.
Brinque uma ciranda viva
Tão alegre memória
Roda alegre criativa
De quem montou a história
Roda roda pessoinhas
Olhem no sorriso do lado
Foi a mesma cirandinha
No passado
Foi sonhado
Um final começado
Passeio pelo horizonte
Não sei que fiz, não lembro
Não quero ser poente
E sim aurora de um novo tempo
Se me ajudas a descobrir
Talvez eu volte pra você
E se recordas como agi
Vai prosseguir
Meu produzir
Não terá fim
Meu viver
Brinque uma ciranda viva
Tão alegre memória
Roda alegre criativa
De quem montou a história
Roda roda pessoinhas
Olhem no sorriso do lado
Foi a mesma cirandinha
No passado
Foi sonhado
Um final começado
Com tanta novidade
Esqueço de manter acesa
A chama da verdade
Heróis e suas certezas
O que realmente acaba
É aquilo que não traz saudade
Gaveta empoeirada
Dou uma limpada
Rememorada
Eternizada
Vontade
Brinque uma ciranda viva
Tão alegre memória
Roda alegre criativa
De quem montou a história
Roda roda pessoinhas
Olhem no sorriso do lado
Foi a mesma cirandinha
No passado
Foi sonhado
Um final começado
CIRANDAR!
Boneca de talho
De um miriti
Na cara um olhão
De um caroção
Bem preto açaí
Cuidado tatu
Cuidado cutia
Ali tá escondido
Uma armadilha
Da mandioca
Da Dona Coroca
Vem tapioca
Que coisa gostosa
Palmito dá creme?
Dá sim senhor!
Parece mingau
Gostoso sabor!
Vou tomar açaí
Quebrou a vasilha
E agora o que faço?
Usa a cuia minha filha
Envira te fiz a corda
Envira laçou o amor
Do ouriço eu fiz vaso
Agora te dou a flor
A Rede Rosada
Se viu vermelhada
Da Rede Xadrez
Jurou ser amada
Rabeta Rabetona
Rabetar rabetinha
Quantas rasas tu aguenta
Quantos fardos de farinha?
Vai a mãe, vai o filho
Vai o avô, vai o pai
Vai cunhada, vai a sogra
Vê cachorro se não cai
Quiquió é passarinho
Quiquió é assobio
Quiquió te guiou
Onde agora é o rio
Corre maninho
Que tá espocando
É nada maninho
Jabuti tá brigando
Grita bem alto
O capelão
Chega assustou
Até o gavião
Mansinho amigo
É o peixe-boi
Mascando o mato
Pergunta o que foi?
Quieta e escuta
O pirarucu
O bicho fugiu
Alguém soltou pum?
Cadê o piquiá
Que tava aqui?
Meu avô falou
Eu vou repetir
Cadê castanheira?
Que tava aqui?
Minha avó falou
Eu vou repetir
E o igarapé?
Que tava aqui?
Mãezinha falou
Eu vou repetir
Cadê jabuti?
Que tava aqui?
Meu pai reclamou
Eu vou repetir
Cadê natureza?
Que tava aqui?
Eu vou reclamar
Pros netos insistir
Brinque uma ciranda viva
Tão alegre memória
Roda alegre criativa
De quem montou a história...