O Amor que eu nunca vi...
Na fazenda do meu pai
Tem um boi que chama saci
Todo dia de manha ele sai
A procura de capim e juriti
tem também a faxineira
que é tão meiga de divertir
e só eu que choro a beça
continuo seco na promessa
do amor que eu nunca vi...
Na fazenda do meu pai
Tem jacaré tem javali
Tem um bicho que é preguiça
E outro que é cobra sucuri...
Todos eles, nem te falo
Não podem nem passar por ti
É nesse lugar tão encantador
Que eu fico a sonhar com um grande amor
Que mora em mim e que nunca vi...
Na vivencia deste lugar
Vivo intensamente ali
Cresço e corro pra cá e pra lá
Paro e não penso em desistir
Vejo a noite, vai-se o dia
Não quero doença, só quando partir,
Mas, por enquanto, vivo em solidao
Espero um dia ver com emoção
O amor que eu nunca vi...
Tenho o meu pai, só em memoria
Sobrou o lugar, longe se faz ouvir
Cada caminho há tanta estória
Umas de chorar, outras de tanto rir...
Mas, tem uma que é só minha
Essa está grudada no meu existir
Foi o certo alguém que por amor
Trocou este alguém por outro amor;
Foi este amor que eu nunca vi...