O Amor que eu nunca vi...

Na fazenda do meu pai

Tem um boi que chama saci

Todo dia de manha ele sai

A procura de capim e juriti

tem também a faxineira

que é tão meiga de divertir

e só eu que choro a beça

continuo seco na promessa

do amor que eu nunca vi...

Na fazenda do meu pai

Tem jacaré tem javali

Tem um bicho que é preguiça

E outro que é cobra sucuri...

Todos eles, nem te falo

Não podem nem passar por ti

É nesse lugar tão encantador

Que eu fico a sonhar com um grande amor

Que mora em mim e que nunca vi...

Na vivencia deste lugar

Vivo intensamente ali

Cresço e corro pra cá e pra lá

Paro e não penso em desistir

Vejo a noite, vai-se o dia

Não quero doença, só quando partir,

Mas, por enquanto, vivo em solidao

Espero um dia ver com emoção

O amor que eu nunca vi...

Tenho o meu pai, só em memoria

Sobrou o lugar, longe se faz ouvir

Cada caminho há tanta estória

Umas de chorar, outras de tanto rir...

Mas, tem uma que é só minha

Essa está grudada no meu existir

Foi o certo alguém que por amor

Trocou este alguém por outro amor;

Foi este amor que eu nunca vi...

sergio canuto
Enviado por sergio canuto em 04/08/2014
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