Parece Folclore, e fé”

Meus pais, já tendo nove filhos, e não conhecendo meios para encerrar a fábrica, fizeram uma promessa à santo Antonio:
__Estamos para ganhar mai um nenê, pedimos sua ajuda Glorioso Santo! Que seja o último ou última, que poremos o nome de Antonio e em todo o aniversário da criança até os sete anos, ela irá levar uma oferta a nossa igreja, por sua memória Santo Antonio.
Nasci. Por isso me chamo Antonia e até hoje, me sinto envolvida por essa fé, que não foi em vão. Fui a caçula de meus queridos pais.
Não conheci Padre Luis. Comecei com Padre Paulo Lepick e seu sacristão Valentim.
Lembro-me ainda, de vê-lo aos domingos, atravessando rua XV, saindo da casa de seu Angelim Ciocca, com o botafumeiro , exalando a fumaça do incenso, para a exposição do Santíssimo, na missa da dez; também do sacristão Luis: magro, de olhos rasgados, falha de dente e cabelos encaracolados. Depois, o Telésforo Ramazzini, o Adelino e por ultimo: seu Tufic Daher.
Dona Cotinha foi, foi minha professora de catecismo, fiz a primeira comunhão aos sete anos.
Entrei para a irmandade dos Santos Anjos, mais tarde, mil novecentos e cinqüenta e seis levada por minha irmã, ingressei no apostolado da Oração.
Minha mãe, foi também, antes de nós no tempo de Dona Maria D. Rocca. Fui das Damas de Caridade, Clube das Tias, membro deliberativo da diretoria feminina do Lar São Vicente de Paula e com imenso amor, fui esposa, mãe, avó, amiga e em especial uma filha de Deus.
Se não cumpri bem minha missão, tentei fazer o melhor que pude, por Deus, por mim e pela família e o próximo
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Angeluar
Enviado por Angeluar em 26/03/2014
Reeditado em 26/03/2014
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