Sonho de exceção

Solidão é certo da frequência que vai além da ilusão

Desmanchando os barcos de papeis que você deixa atravessado pelo chão

Sonhando cada vez alto em cada si ,deixando mais um dia por aqui

A distancia já não é mais a mesma

Na Itália todos são iguais, seja em Gênova ou Veneza.

Você ainda se deslancha por vitrais, de cor amarelo, verde, azul.

No porto da quimera, mais um dia que nasce e dilacera.

Figuras e mitos-lógica que solta fogo por narinas, do passado escondEra

Da raiva que embrutece a mais bela flor

Escondida e afugentada pela insegurança de pastos secos

Que ao único tom dissonante ou um risco de faísca

A fuga do ser antigo, fraco e improdutivo se arrisca.

Pela força da natureza, o homem em potencia belisca.

As pedras, as faíscas, a seca o fogo.

A dança que se trisca

O choque da dormência

O fogo que afugenta

Transforma ,equilibra

Os que rastejam em cinzas

Se transformam em sais para as mais novas sementes

O crescimento pelo choque purifica mas putrifica

O solo nem sempre se recupera da queimada anterior

As plantas nem podem crescer e nem chorar

Só a pedras podem gritar

Nem a fuligem pode soprar

Nem o fogo se criar

Pois nem o ar passa lá

Tudo seco, fogo morto.

Tudo feio se arrependa já

Das mais belas sementes que não deixará germinar

Queima-se, lava, destrói e renasce.

Destrói , renasce, queima-se

Cale-se , passa, encanta-se

Chora-se ,move-se ,equilibra-se

Renasce ,morre e caduca-se

Que na verdade é mais um

Principio de valores que passou e não tardou

Mais um pedido por amor, um grito seco de horror.

De atenção e segurança

Do calor das sombras de sol no pensamento

Distorce a razão

A visão, o encantamento.

Sinto-me em um deserto de estatuas de sal e nada mais

Paradas ao por do sol

Parecem sargentos e generais

Com suas fila e tropas sob o sul

Filhos pródigos que se lançam ao solitário

Ao teste, o purgatório do céu e do inferno candelário

O repertório do silencio

Na corrida da sobrevivência

No fel ou no atônito inverno

Na casca de gelo uma corrida

Quem parar ou ter hora de chegar

Cai e rasga-se

Um momento, um pensamento.

Quem tocar, ou na linha de chegada passar.

Cai e castra-se

Soldados do fogo ou do gelo

Da ilusão ou solidão

Ou cinzo, formo limbo do amor de exceção.

Navegando em barcos de papeis.

Por entre salas onde crianças

Bailam como deuses gregos

No colosso, nas brigas, nas paixões.

Artilharia de andarilhos

Apresentam-se ao deserto, as florestas.

Os piões das imagens , imaginação

Com suas armas e canhões

Queima-se, lava, destrói e renasce.

Destrói , renasce, queima-se

Cale-se , passa, encanta-se

Chora-se ,move-se ,equilibra-se

Renasce ,morre e caduca-se

Das guerras, das batalhas de um homem sem precisão.

Como um estado

Um estado neutro

Um estado da federação.

Pelas guerras de secessão

Ou períodos de exceção.

Luis Fernando Pinheiroo
Enviado por Luis Fernando Pinheiroo em 07/06/2013
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