Ciranda da duquesa.
A encrenca está posta.
Como deverei sair pela porta.
O abismo fica à frente
Poderei avistar o poente...
Deito-me e chamo o sono
Que me conforta no silêncio.
Amanhã abrirei a janela bem
Cedo e convidarei a brisa fresca.
Estou de prontidão esperando o
Toque do apito silvestre que não tardará.
A ceia de pronta encontra-se posta.
Os convidados à mesa.
A duquesa diante dos vitrais suntuosos
A espelhar sua beleza.
És a dama que ficou diante da passagem
Suspirando discretamente com a minha chegada.
Sua luva de renda cor de creme ligeiramente rosada
Caiu diante de mim que prontamente me fez abaixar
Para pegá-la.
Nesta fração de segundo o tempo congelou, o meu olhar
Cruzou com o seu e respirando ofegante me perguntei:
O que esta dama deseja desse navegante de mares distantes...