POR UM MOTIVO QUALQUER
POR UM MOTIVO QUALQUER
Teria os traços do pai no rosto
ou os da mãe os genes teriam imposto?
Com quem pareceria afinal
o pequeno lixo animal?
Pareceria com ninguém,
não tem pai e não tem mãe, também,
o filho do descuido eventual
ou do prolongamento do prazer sexual.
Se no ventre ao qual foi destinado
foi lá posto em relação forçada
não sei se bem querido viveria.
Se fruto do amor, por outro lado,
muita ternura, talvez, fosse compartilhada
na vida de quem a mãe seria.
Publicado na ciranda temática sobre humanidades cujo tema é o aborto organizada pelo Grupo Ecos de Poesia em fevereiro de 2007 que pode ser acessada pelo link abaixo.
http://www.ecosdapoesia.net/crestomatia/aborto.htm