Jogando fora as tralhas
 

Celene Almeida cirandando com
os poetas e poetisas:
1-UrucubakaCalmoSutra 2-Ana Stoppa
3-Cida Moura                4-Deley
5-HLuna                       6-Edson Gonçalves Ferreira
7-Josemar Bosi              8-Isabel Cristina Oller
9-Silvanio Alves           10-Adalto José
11-Vera Feliz               12-José Cambinda Dala
13-Maith
 




Chega o final de mais um ano
vamos limpar nossas gavetas
para começarmos o ano novo
com menos dúvidas e mais certezas
Vamos ver o que está sobrando
o que podemos com alguém partilhar
ver o que está faltando
pois alguém tem pra nos dar

Em minha primeira gaveta
encontrei sonhos em excesso
já escolhi a quem dá
alguém que chora opresso
Algumas coisas estavam em falta
na segunda gaveta pouco tinha
preciso aumentar o estoque
de compaixão, amor e carinho

Na terceira gaveta encontrei
aqueles sapatos apertados
que no decorrer deste ano
deixaram meus pés macerados
Estes muito mal me fizeram

não os darei a ninguém
o que não serve para mim
para o outro não serve também 



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Agradeço ao Poeta  UrucubacaKalmoSutra
a sua participação - 26.12.2011 - a4:13


Jogando fora as traças
Vejo uma escultura confusa
Presa no retângulo
Solta-se ao olhar
Traços e formas
Vejo pelo meu "porão"
Livre no infinito perigoso



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Obrigada Poetisa Ana pela sua participação

Ana Stoppa - 26.12.2011



Travesseiro de Macela
Revirei todas as gavetas
Desfiz-me do imprestável.
Tirei a poeira e o mofo,

Dei boas vindas ao novo.
 Abri todas as janelas,
Para entrar a esperança.
Gostei da casa arejada,
Senti-me como criança.

Tirei as roupas da cama,
Brancas, foscas, indiferentes.
Removi todas as cortinas,
Coloquei cores na vida.

Descartei o removedor,
Odor de limpeza austera.
Perfumei a minha casa,
Com aroma da primavera.

Nas gavetas renovadas,
Coloquei sache de flores.
A vida aromatizada,
Pede-me gosto e cores.

Dispensei as persianas,
Aprendi a ver o céu.
A conversar com estrelas,
A viajar em um carrossel.

No leito roupas vibrantes,
Lençóis bons de se tocar.
Travesseiros de macela,
Luz, aromas , cores e velas.

Entre as flores e as cores,
Acordei para a realidade.
Risquei do meu dicionário,
Desamor, tristeza, saudade!



Oi Celene querida. Que demais este tema viu!
Tenho um poema que se encaixa!
Segue minha singela colaboração: "

Espero que gostes minha querida, FELIZ 2012!!!!!




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Agradeço a participação da
 Poetisa Cida Moura - 26.12.2011 - 22:13



Jogando fora neste momento,
as tralhas que não me servem,
talves fique no pensamento,
mas estando sujas as gavetas,
não me cabe o novo bom,
preciso as maçanetas limpar ,
tirar a impressão que ficou,
sim sei o pó vai encomodar,
mas tralhas vou me livrar,
quando paro na fotografia,
quantas lembranças traz,
mas fecho os olhos nesse lembrar,
o tempo é veraz,
preciso roupas velhas trocar,
entra o que me faz bem,
não me via mais nesse sofrimento,
vem alguém, vem, ajuda a retirar,
as tralhas que grugam,
me machucam, ao retirar,
vem alguém, AMÉM...


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Obrigada Poeta Deley
pela maravilhosa cooperação
26.12.2011 - 23:47


O novo Já desponta,
No mistério da aurora,
tempo de fechar a conta,
Criar asas,
Arrumar a casa,
Jogar as tralhas fora,
Tempo de acreditar,
No sonho mais do que agora,
ouvir a trilha sonora,
do amor que move a vida,
acreditar na vida que está por vir,
tempo de redefinir,
De fluir com a alma transcendida,
o novo já bate à porta,
poético, surpreendente,
Abri-la é o que importa.
E recebê-lo maravilhosamente



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Obrigada poetisa pela bela participação
HLuna - 27.12.2011 - 10:15



Joguei fora toda a tralha,
que há muito atrapalha
eu voar a céu aberto.

Parece que tenho amarras
a prender-me como garras...
Quero sentir-me liberto.

Espanei todas as teias.

No céu brilha a lua cheia.


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Obrigada ao poeta sua participação
Edson Gonçalves Ferreira - 27.12.2011 13:19




As tralhas da vida podem virar enfeites
Não vou jogá-las fora
Algumas, vou usar para calçar meus dias futuros
Outras, vou pintar de amarelo doirado
Quem sabe ficarão reluzentes na casa
E, quando o sol nelas bater
Brilharão como se não fossem mais tralhas
Mas conquistas novas que a mão amorosa constrói


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Agradeço a contribuição do poeta
Josemar Bosi - 27.12.2011 - 15:06



Com o espírito renovado e humano,
Vesti-me todo de branco e de alegria,
Tal criança que se encanta na magia,
Preparei-me para a virada do novo ano.
Disposto a jogar fora as velhas tralhas,
Que nos prende tais quais frívolas malhas,
E nos metamorfoseia, sem dó, em leviano.

Rastelei com muito cuidado,
Todos os maus pensamentos.
Arranquei do coração dilacerado,
Toda mágoa e toda dor.
Depositei no lixo as lembranças
de meus maus momentos.
Liberei espaço para a esperança...
Pois chegava um grande amor.



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Meus agradecimentos a poetisa
Isabel Cristina Oller - 27.12.2011 - 18:04


Repense os erros,
Replaneje o futuro,
Revença os medos,
Refaça os passos
Reviva os acertos
Reveja os erros
A oportunidade brilha em fogos a meia-noite
E é momento de refletir.
Brinde à vida com a alma e Re- Recomece!



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Meus agradecimentos ao poeta
Silvanio Alves = 27.12.2011 - 18:49




Mais um ano que termina, vamos refletir
Foram muitos dias de magia e encanto
Trouxeram muitas coisas boas de sentir
Mas veio junto momento de desengano



Tudo isso está na mala do ressentimento
Assim, vou esvaziar a mala com espanto
E expulsar o que entristece o pensamento
Vou começar o ano com a alegria de existir



Abro mão do passado e espero o que há de vir
O futuro á a esperança que virá trazer alegria
Espero amar, ser amado, eu quero ser feliz



E viver a plenitude do amor que a alma diz
Pois a vida é um presente de amor e magia
Pois o criador do universo quer me ver sorrir



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Obrigada poeta pela participação
Adalto José - 27.12.2011 - 21:08



LIMPEZA MAL FEITA!
NUM CANTO,QUIETOS
RESTOS DE AFETOS


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Meus agradecimentos a poetisa
Vera Feliz -  27.12.2011 - 23:44



Não deixarei tralhas nas gavetas
limparei tudo com perfeição
tirarei dos armários as caretas
que fiz de ira, dor e rejeição.

Jogarei no lixo o dissabor
minhas desilusões vou esquercer,
Para o ano novo levarei o amor
a alegria, os sorrisos e o prazer

Vou me renovar, farei uma limpeza
bons sentimentos será minha diretriz
amar o próximo, a vida, a natureza
ser verdade, ser o que sou...Feliz



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Obridaga poeta José Cambinda Dala
pela participação - 28.12.2011 - 08:22




Está terminando o ano
Daqui a pouco o presente será passado


Com o Ano Novo vou nascer
Em pensamentos e actos
Mantendo continuamente a minha mente


Não me desligarei do antigo
Para mim sempre tem valor
Tudo que é bom
Roupa, sapatos, amigos?
Não serão substituídos
Pois ainda necessito
Por isso vou acrescentar
Salvo aqueles que já não servem


No trabalho vou me dedicar
Sempre na rectidão das normas


Com a família pretendo estar mais próximo
Vou pedir a Deus que me transfiram...
Não quero mais deixar a casa
Com o filho a chorar
Por causa do trabalho


Sonhos meus
Vou depositar nas mãos do Senhor
Ele nunca me deixou mal
Tenho certeza que realizarei
Só preciso de calma na caminhada


Inspiração para escrever
Sempre vou buscar
No quotidiano das pessoas.


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Nossos agradecimentos a poetisa Maith
pela belíssima participação - 07.01.12 - 16:08



Naquela gaveta
Guardava uma blusa preta
que não me servia mais
um dia vou emagrecer...
E esta blusa vou usar
Uma saia de roda
Cafona, fora de moda.
Vá que um dia a moda volta...
E dois cachecois iguais
Que nenhum usei jamais 
Presentes, não sei mais de quem


RESOLVI:

A blusa que era minha
Na garota magrinha
Ficou elegante até
A saia florida, espaçosa.
Até que ficou graciosa
No corpo da mocinha pobre
Os cachecóis abraçaram
O pescoço da mendiga
Que desabrigada tremia
Na noite chuvosa e fria.

Na gaveta desocupada
Guardei a roupa comprada
Que com certeza usarei


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Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 26/12/2011
Reeditado em 07/01/2012
Código do texto: T3407219
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