CONVÉM - Eme Paiva - Maria Lucia Victor - Maria Luiza Bonini
Convém não aprisionar os sonhos
nas gaiolas inflexíveis da razão!
Convém que os sonhos sejam pássaros,
a voarem livres pelos céus da alma,
sob a constante e forte claridade dos ideais!
Convém que estas aves façam ninho
em nosso coração,
com a palha de nossas possibilidades
e a pluma de nossa persistência.
Convém que busquem o
aconchego deste ninho,
unindo-se umas as outras,
num mútuo aquecimento e reconforto,
a manterem quentes e sadios,
os nossos sonhos!
Convém que entre si se reproduzam,
para que tenhamos sonhos novos,
constantemente,
sobrevoando-nos a alma!
Convém que seja otimismo,
o farelo de que se alimentem!
Convém que seja Esperança,
o canto que gorjeiem,
num tom de pertinácia e
que seja pleno de energia,
o timbre desse tom!
Convém que voem muito alto,
e enquanto voem, cantem,
dentro de nossa alma,
os nossos sonhos pássaros...
E, quanto mais alto estiverem,
mais forte eles cantem!
Assim, saberemos, que mesmo
não divisando em nosso infinito,
os sonhos que ainda não concretizamos...
saberemos, pelo seu canto,
que eles ainda estão lá,
sob as luzes dos ideais,
planando em graça...
Cantando o mantra de nossa alma!...
...O salmo de nosso labor!
Eme Paiva
***
Voem os sonhos livres
nos céus da imaginação
onde se possa ser pássaro ou flor.
Fique a amor em vez da dor.
A esperança que renasce criança.
Toquem os sinos
em campanários de outrora.
Brilhe o sol anunciando a aurora.
Dissipem-se as sombras
na luz mais brilhante
do raiar de um novo ano.
Armem-se os espíritos de coragem.
Na voragem do tempo
tudo vai recomeçar.
É hora de plantar
na nova estação da vida.
Maria Lucia Victor
28/12/2008
Convém que olhemos para o futuro
Sem mágoas, sem dores, sem reclamos
Clareando os dias que se nos fazem escuros
Alimentando ideais, sonhos e planos
Convém que estejamos unidos
Numa corrente de amor e fraternidade
Para que de amor o mundo seja ungido
Em prol da tão sonhada igualdade
Convém que sejamos capazes
Ao versejarmos, de aspergirmos fé
Naqueles que se sentem sós e inábeis
Convém que sejamos persistentes
Ao evocarmos o amor, para sanar a dor
Dos que sofrem, por omissos negligentes
Maria Luiza Bonini
SP. 29.12.08
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