Ciranda Do que você tem medo? (Até dia 31/10/2010) - Encerrada.
Arrisco-me aqui em começar uma ciranda para saber do que os colegas poetas tem mais medo. Começando por mim, escrevo os versos abaixo:
Tenho medo do futuro
que terá a nossa nação
A julgar pelas opções
que temos nessa eleição!
Tenho medo de um dia
meu bisneto precisar (Mi Guerra)
de um copo de água potável
mas nem isso encontrar
Tenho medo da infancia
dos meus filhos acabar
E eu não ter mais ninguém
Pra de noite me acordar!
Cuidado eleitor
nessa eleição (Herculano Sousa)
se a bruxa for eleita
é ferro no povão
Vou dizer do que eu mais tenho medo?
Coisa muito difícil de se falar
Para tentar descrever o meu enredo (Lenita Tiago)
Já sei por onde vou começar
Gosto de em tudo o lado bom ver
Se um dia tiver só o mal, não sei como vou viver
MEDO DO CASTIGO DO CÉU
O medo é um substantivo
Que é muito comentado
Porém ele é medido
Em cada fato encontrado
O maior que existiu
Numa inteira população
Foi quando Sodoma viu
Sua grande destruição!
Tudo por que a moral (Luzirmil)
Decaiu em seu astral
Atraindo do céu o pavor!
Tenho esse medo real
Pois a humanidade atual
Está isto a predispor!
Receio que não será preciso esperar muito,
e a intenção é ver miseria
Se o que esperamos é destruição.
Há quem diga que o mundo não tem salvação,
Quem confia nos poderosos, coitados,
Estão vivendo numa grande ilusão, (Kauty)
Enquanto que em condições de humano, são explorados.
Receio um mal futuro para o mundo,
Onde cometer o maior dos pecados pode ser permitido
Matar não é uma opção, é uma escolha aleatoria,
Pior assasino é o que mata as esperanças
Pior é aquele que destroi uma historia.
Tenho medo, muito medo, de, pelo andar da carruagem, estar embrutecendo meu espírito, E, em breve, começar a pensar que a nossa apatia, está fazendo considerarmos normal o atual estado de coisas. Criminosos favorecidos por todos os lados (judiciário, direitos desumanos, legisladores babacas escolhidos pela maioria, etc.) A sociedade refém e encarcerada por grades de segurança. Devemos sair às ruas, cantando "Aux armes, citoyens; formés vos bataillons....) Dia chegará que o tribunal do crime, espécie de justiça genérica será nossa salvaguarda. E aí vamos acabar com a violência, nem que seja na porrada. (neanderthal)
De poucas coisas tenho medo
Desde que aqui fiz chegada (Paulo Kostella)
Tenho medo de "muié braba"
E espingarda carregada.
Eu não tenho mais medo de nada
Nem de fantasma, ou da vizinha desdentada
Nem do bicho papão, ou do mané beberrão
Porque depois do que vi nessa eleição
Tem assombração mudando de profissão
Pois é coisa ta feia (Ricardo Vichinsky)
Sobrou o Duende Careca da Motosserra
Ou Bruxa que é mãe do Chuc(Boneco Assassino)
(já notaram a semelhança!!)
Isto sim é um verdadeiro horror
e o pior, o pleito é no dia das bruxas!
( Que um dia se achou gordo
E teve medo de almoçar
No outro dia tinha fome (=NuNuNO==)
Com medo de definhar.
Dormindo acompanhado
Teve medo de roncar
Sonhando maravilhado
Teve medo de acordar)
MUITO ME ASSUSTA A MULÉ BRAVA
E TENHO PAVOR DESSAS QUE AVANÇA (pacomolina)
TOMO CUIDADO COM MULÉ BAIXINHA
MAS MEDO EU TENHO E DE MULÉ MANSA.
sem medo de bicho brabo
sem medo de levar gaia (Juciara Brito)
sem medo de coisa morta
só a violência me "espáia"
Tenho medo desse mundo
com tanta coisa torta
Sem conserto, sem saída
Sem ninguém que abra a porta
(Maria Melo)
Tenho medo desse mundo
Tão cheio de mentiras
Enche-me de duvidas
Sem saber, se sobrevivo
Por ainda quantos dias.
A Gilvania Candeia não quis rimar (Mi Guerra)
Mas o seu medo ela nos contou Com as dicas
Tinha um príncipe espetacular da Gilvania
Que num sapo se transformou!
Caros amigos deste Recanto
Agradeço-lhes a participação (Mi Guerra)
Que de medos nós temos tanto
E contar alivia o coração!
Continuem, por favor! Esta ciranda terminará dia 31/10/2010. Encerrada.