AINDA NÃO...

Sou como a amora e a uva, muitas vezes,

pois só me deixo sangrar se esmagada,

quando sinto que de mim, pouco me resta...

E nessa vida doida e doída, quantas vezes

sangrei, esmagada que fui, pelo destino cruel

que tanto me tirou, menos a vida, que sou teimosa,

e em sendo, fui compensada por ver que agora,

muito mais tenho do que jamais tive em alegrias,

debalde a falta do amor verdadeiro, que não

conheci, apesar do tempo comprido, que já vivi

e com que sonhei, pois a vida ensina que existem

mais coisas que nos alegram, debaixo do Sol que

nos ilumina e eu digo ao destino: Ainda não foi

dessa vez que me deixei vencer, mas você pode

tentar, outra vez; só não aposte na vitória, pois

aprendi (meio tarde) que quem o determina... Sou eu!