À luz das velas
A vela acesa que decanta o vinho
Não é a mesma que ilumina o jantar
Nem mesmo a que dá luz ao ninho
Fazendo assim o ensejo de amar.
São apenas e tão somente luzes
Que por vezes imagens constroem
Ou conduzem fogo chama de obuses
Que ao atear calor destroem.
Mas vela acesa é sempre luz.
Onde não há vento é chama de paz
E mesmo se o amor navega na lembrança,
É pavio aceso que traz esperança
Lareira aquecida e todos à mesa?
Sons que desperta um coração,
Já solitário e pensante com tristeza
Navega contrito na bendita canção.
À luz de vela vê a imagem do desejo
Um amor, um amigo, um abraço.
Entra na dança num só festejo,
Lágrima caída que de sonhar é cansaço.
Denise Figueiredo
CiRANDA EM RABISCOS & SENTIMENTOS
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