A Cor da Saudade
Certo poeta-pintor, quase louco,
Uma verdadeira obra prima,
Propôs-se criar, pouco a pouco.
Decidiu retratar, de forma exemplar,
Deixando para a posteridade,
Todas as cores da saudade!
De branca cor vestiu a tela,
Qual inocente menino
Nascido puro e imaculado,
Envolto em pano fino,
Sem culpa e sem pecado,
Banhou-a de azul do mar,
Levou-a ao firmamento,
Mostrou-a ao áureo sol,
ao sombrio e incolor vento
E à negra noite serena,
Que em calmaria aguardava,
P'lo toque de entrada em cena
que há tanto tempo, esperava.
Em multicolores bebedeiras,
Entregou-se a noite á aurora,
Que com certa misticidade
Envolvia em seu manto lácteo,
Uma tal magia divina.
Trouxe-me em cores de saudade
Aqueles pedaços de sonhos,
Que inventei em menina!
Será saudade incolor
Ou toma qualquer cor,
Dependendo do jeito ou feição?
Embora a saudade exista,
Sua cor é invenção
De qualquer poeta triste...
Certo poeta-pintor, quase louco,
Uma verdadeira obra prima,
Propôs-se criar, pouco a pouco.
Decidiu retratar, de forma exemplar,
Deixando para a posteridade,
Todas as cores da saudade!
De branca cor vestiu a tela,
Qual inocente menino
Nascido puro e imaculado,
Envolto em pano fino,
Sem culpa e sem pecado,
Banhou-a de azul do mar,
Levou-a ao firmamento,
Mostrou-a ao áureo sol,
ao sombrio e incolor vento
E à negra noite serena,
Que em calmaria aguardava,
P'lo toque de entrada em cena
que há tanto tempo, esperava.
Em multicolores bebedeiras,
Entregou-se a noite á aurora,
Que com certa misticidade
Envolvia em seu manto lácteo,
Uma tal magia divina.
Trouxe-me em cores de saudade
Aqueles pedaços de sonhos,
Que inventei em menina!
Será saudade incolor
Ou toma qualquer cor,
Dependendo do jeito ou feição?
Embora a saudade exista,
Sua cor é invenção
De qualquer poeta triste...