SE NÃO HOUVER AMANHÂ
 
Tenha eu declarado todo o meu amor
ao homem que viveu ao meu lado,
e aos meus filhos, meu jardim em flor,
tenha eu tempo de ter abençoado!
 
Que o agora plenamente vivido
tenha sido degrau de aprendizado
e minh'alma secular tenha sentido
o sabor do perdão, a paz em ser perdoado!
 
Bem sei, que muitos registros levarei...
Gravarei em versos minha andança,
aos amigos queridos um até breve darei:
no reencontro, um sarau de esperança!
 
E se não houver o amanhã,
eu saiba dar conta da minha  bagagem,
que na poesia-vida de outra manhã
 possa eu merecer uma outra viagem...
 
Pois tendo eu vivido em verdades
os sonhos que teci em cores anis,
não levarei mágoas ou saudades:
 a vida é um grande chão de giz!
 
27/08/2009
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 27/08/2009
Reeditado em 30/10/2009
Código do texto: T1777942