A CHUVA DA ALMA
Essa foi a minha participação na Belíssima Ciranda A Chuva d'Alma, da grande poetisa Célia Matos.
A chuva que chora, na noite escura,
é minha procura, do sonho perdido.
Levado ao vento, se foi sem alento,
sem qualquer ternura, mas nunca esquecido.
A chuva que invade, com força e vontade...
contínua, teimosa, sentida, chorosa,
é pura saudade.
A chuva que escorre do olhar vazio,
na lágrima morre, se esconde do frio.
A lágrima quente, a chuva gelada,
a alma carente, na visão nublada.
O gelo da chuva, que molha a alma,
no choro insistente, não vai se acalmar.
Então brota o novo, vem de algum lugar,
um sonho, um renovo, que teima em voltar.
Talvez seja a chuva, que veio na noite,
no vento de açoite, cortante e tão frio,
que refaz todo brio, pra alma sonhar!