A TRISTEZA MORA LONGE
Sentada à sombra, debaixo do velho carvalho
O pensamento voando nos braços do vento
Apenas uns filetes de raios de Sol entre um ou outro galho
E alguns pássaros com seus cantos tentando trazer-me alento
Mas o vento já vai longe, tão longe com a minha saudade!!!
Deixando-me alheia à cantiga (a tristeza não tem ouvidos!!)
E não existe mais alegria, tudo é cinza ou marron na confraternidade,
E toda natureza em mim chora esse sentimento em choros lívidos
Tão longe se encontra todo o motivo de minha tristeza
Que o vento talvez não possa encontrá-lo antes do inverno
E nem ache a trilha até ele, que mora na incerteza!
E assim, vou chorando esse amor que não morre em mim... (amor eterno!)
(Este poema está participando de uma ciranda ( Da Maysa) e parte integrante do conto "DOCE VILAREJO" de Maria Barros)