Caminhante
Caminhante sou, na senda dos sentidos
da minha alma sedenta de amor.
Elevarei os meus olhos
para as altas montanhas do
meu enternecimento.
A ventura será a minha história
e nunca abdicarei de ser,
o coração amante de mil cores
vestido de prazeres, que só a doçura
de um amor lhe confere.
Canto em melodias de encanto, e
em poemas ditosos de esperança,
ledos ou tristes com que, embalarei o
repouso do guerreiro das mil aventuras.
Sentimentos fortes, saem do meu peito
ainda quente, apesar da frieza
com que meus desenganos o castigam.
E assim, eternamente caminheiro errante,
continuarei, e vencida não quero ser
neste feito. Nunca serei ferro frio,
nem àrvore infrutífera, nem pássaro que não adeje
nem navegante em vagas perdido e entediado
Inútil e despido das sensações
que a alma amorosa concede
e que fervilha glorificante da vida
tétita (Etelvina Costa)
12-06-08