AFINAL!
Será que é imaginável ou pode ser narrada? : a fábula da minha vida.
Como doeu tanto dentro de mim quando descobri com as garras no azulejo: sou uma fábula, fabula.
A infância... (...) as fábulas que li, as histórias que li, enxerguei-as dentro do que elas eram: não eram fábulas.
Eu não sei continuar porque tremo e vacilo.
Nunca fui criança, nunca.E tornei-me tão consciente de mim e do mundo que é como a dor de ser implodido a todo instante.
Eu sempre soube de mim, sempre soube: é difícil não ter ilusões.
É difícil demais.
Vou morder uma pedra com remorso.Eu não dei chance a mim mesmo.Eu fui além do que era permitido e confrontei comigo mesmo dentro de mim mesmo.
Acreditava ser um romântico sonhador, mas não, eu sou alguém que se conhece por dentro, e despido.Apenas em luz.Num corpo sem vergonha e sem culpa.
A fábula sou eu e não os livros.Os livros vão contando o que eu vou vivendo aos pedaços.
Eu me confronto comigo!
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