O diabo visitou o caipira. Ele anda fazendo caridade nesse mundão de meu Deus
O diabo visitou o caipira. Ele anda fazendo caridade nesse mundão de meu Deus
Ele falava em nome do bem, mas alimentava a discórdia e a confusão.
Não queria deixar a gente ir de bicicleta. Ôxe... Inté amolava de tamanha insistência.
Nós querendo ir... E ele não querendo deixar...
Fez que fez, falou pelo telefone umas duas três vez, e não é que conseguiu arrumar uma carona pra nóis!
Eu acho que o nome dele era: _ _ _ _ _?
Pra mim era o cão encarnado. Com aquela desculpa de fazer caridade, solicitude de arrumar carona. O que ele fazia era semear discórdia, confusão e preguiça.
Figura esquisita e misteriosa: magro, rosto também magro e estreito, nariz grande e aquilino, e aquele cabelo...
O que era aquele cabelo, minha gente?
Cabelo curto, preto, liso. Tão colado no rosto que chegava a fazer curva.
E aquele chapéu a “la Freddy Kruger”, fazia a gente ficar na dúvida se o cabelo ali nascia, ou se foi posto por feitiço.
Pra mim era o cão mal disfarçado. O figura esdrúxula! Mas, mais esquisita que a palavra esdrúxula possa significar.
Era o sem nome: o diabo, o coisa-ruim, o demo! O encardido, o catingado, o sujo! Lúcifer, o arcanjo rebaixado, o perseguidor, o tentador! O encosto, o maledetto, o frustrado...
Enfim, a criatura que mais nomeada é, e que não têm nome. O sem nome.