O SOL DA SERRA DA MESA
O SOL DA SERRA DA MESA
Abotoados de barrigas amarelas e pintadinhos embarcavam a todo momento.
Os tucunarés não davam as caras, um pequena corvina fisgada e voltou para a água. Já era tarde, quase seis horas, céu e água no mesmo tom, laranja forte, a orquestra tocava uma música suave chamando o canto dos pássaros. O Astro Rei mergulhava suavemente no lago da Serra da Mesa.
Temos que parar de “pruziar” e vê-lo desaparecer no horizonte sua cor vermelha riscava em nossa direção. A paz reinava naquele momento, tentamos mais umas anzoladas, mas continuava o estranho peixe pré-histórico arrastando a isca para o fundo. Vamos que Ter que voltar para o restaurante flutuante de Dona Maria. Já é noite, os curiangos davam seus vôos rasantes “tirando tinta” da superfície do lago. Havíamos eternizado alguns momentos no celular do meu sobrinho Wender, belíssimo por do sol, arrastamos mais alguns “roncadores” e o piloteiro Dema acelerava o motor do barco em direção as luzes de
Uruaçú.
Desembarcamos e Dona Maria estava a nossa espera com uma belíssima tilápia frita inteira e um soltíssimo arroz branco.
Uma cerveja gelada de entrada, deliciamos aqueles momentos ouvindo os curiangos cantando amanhã eu vou.
Voltamos ao hotel, após um merecido repouso noturno voltamos ao lago no outro dia de manhã para pescar até o meio dia e depois retornarmos para Goiânia. Era mês de fevereiro, ainda estava chovendo muito naqueles dias, sorte nossa não estar naquele momento, saímos da água barrenta e fomos procurar uma mais limpa e transparente, achamos, mas mesmo assim só abotoados, Wender e Dema usavam iscas artificiais e apenas um tucunaré avançou lançando água para cima com o seu “bote” valeu a emoção, mas infelizmente não foi desta vez. Estava-mos felizes porquê o momento e o local era paradisíacos. Os ponteiros do relógio estavam em direção ao infinito e nos em frente a um tucunaré crocante, arroz, salada e um molho de pequi super saboroso.
Edson, julho de 2007.
01:02 horas.