Pandora: saiu ao ver a porta aberta...
Passada uma semana, ligamos a amigos e enviamos mensagens no Facebook. A foto dela estava em nós e na mente dos conhecidos. Rezamos a Deus e a São Francisco de Assis. E, após um semana e meia, de repente, estava entrando em casa, para nossa alegria e festa. Foi beber água, comeu razão e descansou em dos lugares da casa. --- Ela ao fechar seus olhos, filosofa ou agradecia ter encontrado o caminho das pedras, ou seja da 🏠 casa. Ainda tinha o labirinto da cidade em ruas. Tonta de andar, cansada, escondida em marquises. Comida se encontrasse. Conheceu novas pessoas, cães e gatos. Gente indiferente alegre, atenciosa. Alguns partilhavam pão , água, pedaços de pastel, carne... O tempo passou... E sentiu-se suja, com calor e frio. Sede e fome. Cada dia, basta seu cuidado, Deus, amigo das criaturas, ia providenciando alimento para ela e outros moradores da rua, mendigos e animais. Vi que a rua é de todos, ou seja, ironicamente, não é de ninguém. Todos disputam lugares, esquinas, agrado, comida, água, esmola... Brigam por tudo e quase nada. Não se sabe se terá outra chance de ter outra comida ou quem possa ter um olhar de bondade é caridade. Os mais fortes humilham ou espantam os fracos. Os recursos e relacionamentos são desiguais. O mundo 🌎 não é a 🏠 casa. Lá fora, tudo corrido! Tive que ser forte, astuta, curiosa, prudente, corri de quem podia me jogar pedra. E desconfiava de todos... Vi o lado mau e bom do humano e desumano, dos animais de rua. Até gato era traiçoeiro ou esperto. Rupiavam os pelos e pareciam às vezes maiores que alguns cães. Mas, na rua, o instinto fala alto em homens, mulheres, crianças idosos, gatos e cães, cavalos e calangos. Agora, em casa, tenho a quietude e carinho. Sossego e chamego. A casa é diferente do mundo. E menor que a rua, o bairro, a cidade e mundo. Por isso, casais e humanos dizem "meu doce lar meu mundo!" E há mensagens, quadros, pinturas, santos, Bíblia etc. espalhados para enaltecer houve, mais que home. A casa não são apenas as paredes protetoras, são as pessoas que se amam, respeitam, perdoam, são gentis, cooperativas, amigas, parceiras, solicitas... Casa não é hotel, pousada, cercado qualquer. E espaço, é memória de gente que nasce, cresce, casa, busca sentido à vida... Sabe por isso agora entendo os adesivos nos carros mostrando a família com os animais. Eu sou Pandora, uma cadela, e essa é minha história e confidência após passar alguns dias longe de casa. Amo ❤️ de coração, dou muitas lambidas, alguns urros e latidos, pulos olhares, faço correrias e gemidos aos meus amigos humanos que me adotaram, aliás, que me aceitam aqui como parte dessa linda família, desse lar, dessa história. Tiraram fotos, estou aqui relevante. No futuro, muitos saberão da minha frágil e linda memória! Amo viver! Por favor, se tem seu cão, gato, cavalo, calando, pássaro... não os abandonem, façam como o pessoal dessa casa 🏠, amém e vivam felizes hoje, aqui e agora. Meu menor amigo humano disse que Deus fez os animais para serem peludos parceiros da existências, presentes do céu, que os acolherão no Paraíso... Quem cuida do seu animal é Deus quem dele cuida! É uma pista da vida de dupla mão... Sim, na dor e na solidão, o animal faz a diferença se for educado e amado desde pequenino. Ninguém passa aos outros o que não recebe. Somos frutos ou processos do educar, amar... Até os animais sentem, experimentam dores, medos... Todos podemos amar, aproximar, sermos fiéis e felizes como diz Jesus. Ouvi que Alfred Adler afirmava que podemos escolher ser felizes agora. Isso é autoestima!