Assalto 3 na Agência - Relatório
Nada foi engraçado, sapiente disso, onde estava inserido.
Busquei retratar de forma cômica, qual garimpo, através dos próprios relatos, ouvidos, dias depois em intervalos para descontração, do fato que se alastrou por meses.
E a cada fala do modo engraçado que referiam a seus casos, fui registrando, até a elaboração do causo.
Obs. O Assalto durou menos que cinco minutos.
Local: Agência Bancária De – Curitiba/Pr
Data: 26/07/1995 – Quarta Feira
Horário: 10:20
Ato nº 1
Um moço passa pela Maria Lídia Marcos, fala bom dia, e adentra na Agência.
Chama o Marques para um canto, pede para que ele vá se virando, e lhe dê o costado.
Retira do coldre, gentilmente, sua arma, e deste modo, fica lhe admirando, envolto com as duas mãos no armamento, até o momento de findar a operação...
Transpõe, um outro a escadaria, avisa a Maria Trindade do assalto.
Olha sorrateiramente a Galera de cima, e desce, porém deselegantemente, não aguardando a serventia da casa: O cafezinho que já estava chegando, enquanto o Pedrão no vaso aliviava.
Ato nº 2
De modo importuno, um terceiro adentrava pelo balcão, nos braços da Simone, arrancando dela, com as mãos na cintura, um sonoro: Mas que ousadia!
Mais à frente o D’Avila, quase mesmo ato, com uma mão na cintura e outra no balcão, “a lá Nei Matogrosso”, arremessava: Oh, Tchê! calando-se em seguida, sem graça alguma.
Em parceria ficou o Thomaz, entrelaçados, de um lado para o outro, uniformizados até que aos borbotões berrava:
- Não levantem as mãos!
- Não!... Abaixem as mãos!
Abaixe as Mãos, Corrêa, é assalto!
Provocando uma verdadeira aeróbica, pois custava a identificar de quem era a voz, quem era o distinto larápio...
A Secretária esparramada na sua cadeira, branca, alva, bem mais que Omo total.
Pressionado para abrir a porta do cofre, o Edson fazia a chave de terço, rogando para que tivesse, por lapso, esquecido de fechá-lo anteriormente, concluído, em seguida, que a solidão a dois, é uma situação das mais terríveis...
Nos caixas, o bandido, descrito, fazia as montas...
O Sehnen teimava, endurecia, se em empertigava, mas o larápio, não se dava conta, só se interessava naquilo: a grana!...
No mesmo ato do Pedrão, lá em cima, aliviando, estava o Luiz Carlos aqui embaixo, contestando, é claro: Negativo, negativo!...
De saco cheio, o importuno, se lamuriava: Que micharia, tanta graça de graça!
Insinuando abrir passagem com a metralhadora, pôs-se balcão a fora, e rápido sumiu de nossas vistas...
Ato nº 3 (Final)
Em resvalada correria, ao centro da Agência, o Thomaz ditava: Acionem o alarme!
Subitamente uma voz lhe ecoou arrepiante!
Façam isso, que eu os farei pularem amarelinhas...
Imitando o Marques, deu-lhe, agilmente, o costado e educadamente, balbuciou: Desculpa, desculpa...
O facínora primeiro e último a sair, ainda deu uma geral no Marques, e porta afora, debandou-se para sempre, encerrando o assalto de nº 3, naquela Agência...
Os valentes:
O Sehnem já havia acionado o alarme;
O José Filho anota, até uma placa fria;
O Wilton desce para prestar guarida;
Relaxado, o Pedrão ameaçou sair atirando;
O Dejair afirma, também, possuir uma 765 (9mm);
A turma toda, jura se estivessem armadas, sairiam:
Na Rádio; na televisão; nos jornais...
Comentários:
O Valmor solidário, presta socorros a uma moça gravida, passando mal, aguardando o seu seguro (SD);
Um milagre ocorreu: O Thomas melhorou do joelho, prometendo retornar com os dois na próxima quinta;
O Ademar, abatido, ainda se lamenta: Desta vez não pôde passar seus dilacerados;
O Marques, acanhado, disse nada ter visto, apenas ouvido, os comandos obedecidos aos pés da letra, no seu cangote;
E pasmem vocês:
A Cristiane passou a iniciação do vício de beber conhaque...
E para que tudo isso?
Para comemorar o grande aniversário do pequenino Aggeo...
Fim.