Crônica

Serestas Ao Luar

Minas gerais nas cavalgadas e passadas rápidas do meu cavalo rumo a cidades distantes vejo no olhar dos caboclos e caboclas um pouco da felicidade contida, em versos prosas e causos contados em noites de luar em volta da fogueira o doce da cachaça alivia e suaviza a dor da solidão em minhas andanças e paradas canto um pouco do sertão e corajoso sertanejo que na lida do dia a dia mostra sua força semeando a terra e colhendo os frutos de um mês inteiro.

O dia se despede a noite chega com lua e suas estrelas que no céu aparece em volta do fogão o calor e o gostoso café delicioso lhe aquece e a cabocla brejeira faceira com sua beleza do homem tira o juízo o enlouquece ah o sertão e o sertanejo são um pouco do Brasil que o brasileiro esquece mais lá nos cafundós do Judas, seu povo o reconhece através do suas vestes humildes do cigarro de palha do seu modo de falar nosso vocabulário pobre enriquece eita!sodade so pego a viola na minha ela chora e conta histórias da alma e do coração e nessa vida só se leva as lembranças daquele tempo bão eita! lasqueira so e mundão véio sem porteira e hoje velho cansado me despeço dessa terra que por muitas vezes passei em que meus versos cantei que esse chão, que sempre amei.

Cedric de Oliveira Felipe

Cedric de Oliveira Felipe
Enviado por Cedric de Oliveira Felipe em 30/12/2024
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