O saci - giselle sato
Quando o trabalho aumentava na fazenda mandavam chamar o menino enjeitado,ele logo vinha correndo por ter sido lembrado.
O menino era uma mão na roda, sabia tirar leite, fazer queijo, tinha boa mão e nunca errava no sal. Era bem esperto para os oito anos, magrinho e pretinho como só.
Mas naquele dia ele estava virado de fome, cara amarrada até Donana chamar com bolo e café com leite morno, aí abriu o sorriso e começou na lida sem demora. Era de dar gosto espiar como o garoto fazia tudo com capricho e rapidez. O serviço estava quase todo terminado e o patrão mandou o menino buscar um cacho grande de bananas da terra para o jantar.
Pisando duro , o moleque saiu da produção escutando a risada dos colonos que embromavam o serviço. Procurando banana madura, se embrenhando mato adentro , nem percebeu que escurecia...viu um vulto passando ligeiro, sentiu o cheiro de fumo de rolo, se benzeu e rezou o padre-nosso.
Não teve jeito, deu de cara com o saci- pererê, um sujeitinho quase da mesma altura, feioso que só e ainda por cima perneta:_ ô menino, tá perdido? te ajudo a achar a volta.
_carece não seu saci.
O saci estava mesmo é querendo arumar um companheiro para brincar, estava cansado de viver sozinho mas não podia levar ninguém à força, tinha que ser de bom grado. Precisava achar um jeito de enganar o moleque:
_ daqui a pouco a noite cai e voce está perdido...não tem mêdo de cobra nem curupira?
O menino olhou bem para o saci e sentiu a maldade. Debochou:
_tenho medo de nada não seu saci, mas não acredito neste tal de curupira.
_não fala assim que a coisa aparece moleque.
O saci estava com medo mas não queria dar o braço a torcer:_ olha seu saci, tenho uma proposta melhor, vamos lá na fazenda onde eu vivo, tem o melhor bolo do mundo.Te dou um pedaço.
O saci ficou todo contente, nunca havia sido convidado pra nada, saiu na frente mostrando o caminho e ainda apanhou o cacho de bananas para o menino. Iam contando mentiras e casos e logo estavam na porta da casa pricipal. Donana correu para o menino assustada?
_José, onde vc estava criatura de Deus? a janta está atrasada e voce brincando por aí?
_ tava perdido no mato mas meu amigo saci me trouxe.
Levou um tapa do patrão que escutara a conversa:_ tu é muito atrevido moleque, vive aqui de favor e ainda é mentiroso? Vou te ensinar uma lição.
Não houve jeito,apanhou muito na frente dos empregados que fingiram não ver a covardia, José ficou por lá, jogado no chão, ninguém ousava ajudar.
Quando o galo cantou as horas, a fazenda despertou em estranho silêncio .
o corpo do menino sem vida, caído no mesmo lugar,
os bichos corriam soltos, todo o leite tinha azedado,
os ovos cheiravam a podre e o queijo tinha coalhado.
Os porcos haviam fugido e tudo estava revirado, os colonos susurravam pelos cantos,
o menino e o saci haviam se vingado.
Quando o trabalho aumentava na fazenda mandavam chamar o menino enjeitado,ele logo vinha correndo por ter sido lembrado.
O menino era uma mão na roda, sabia tirar leite, fazer queijo, tinha boa mão e nunca errava no sal. Era bem esperto para os oito anos, magrinho e pretinho como só.
Mas naquele dia ele estava virado de fome, cara amarrada até Donana chamar com bolo e café com leite morno, aí abriu o sorriso e começou na lida sem demora. Era de dar gosto espiar como o garoto fazia tudo com capricho e rapidez. O serviço estava quase todo terminado e o patrão mandou o menino buscar um cacho grande de bananas da terra para o jantar.
Pisando duro , o moleque saiu da produção escutando a risada dos colonos que embromavam o serviço. Procurando banana madura, se embrenhando mato adentro , nem percebeu que escurecia...viu um vulto passando ligeiro, sentiu o cheiro de fumo de rolo, se benzeu e rezou o padre-nosso.
Não teve jeito, deu de cara com o saci- pererê, um sujeitinho quase da mesma altura, feioso que só e ainda por cima perneta:_ ô menino, tá perdido? te ajudo a achar a volta.
_carece não seu saci.
O saci estava mesmo é querendo arumar um companheiro para brincar, estava cansado de viver sozinho mas não podia levar ninguém à força, tinha que ser de bom grado. Precisava achar um jeito de enganar o moleque:
_ daqui a pouco a noite cai e voce está perdido...não tem mêdo de cobra nem curupira?
O menino olhou bem para o saci e sentiu a maldade. Debochou:
_tenho medo de nada não seu saci, mas não acredito neste tal de curupira.
_não fala assim que a coisa aparece moleque.
O saci estava com medo mas não queria dar o braço a torcer:_ olha seu saci, tenho uma proposta melhor, vamos lá na fazenda onde eu vivo, tem o melhor bolo do mundo.Te dou um pedaço.
O saci ficou todo contente, nunca havia sido convidado pra nada, saiu na frente mostrando o caminho e ainda apanhou o cacho de bananas para o menino. Iam contando mentiras e casos e logo estavam na porta da casa pricipal. Donana correu para o menino assustada?
_José, onde vc estava criatura de Deus? a janta está atrasada e voce brincando por aí?
_ tava perdido no mato mas meu amigo saci me trouxe.
Levou um tapa do patrão que escutara a conversa:_ tu é muito atrevido moleque, vive aqui de favor e ainda é mentiroso? Vou te ensinar uma lição.
Não houve jeito,apanhou muito na frente dos empregados que fingiram não ver a covardia, José ficou por lá, jogado no chão, ninguém ousava ajudar.
Quando o galo cantou as horas, a fazenda despertou em estranho silêncio .
o corpo do menino sem vida, caído no mesmo lugar,
os bichos corriam soltos, todo o leite tinha azedado,
os ovos cheiravam a podre e o queijo tinha coalhado.
Os porcos haviam fugido e tudo estava revirado, os colonos susurravam pelos cantos,
o menino e o saci haviam se vingado.