Marido invisível

A solteirona Beti fugi perda dizia para todos que era casada, mas nunca viram ele. Como ocorre com mais frequência nas cidades pequenas, no arraial do Cachorro sentado não fugiu a regra. A meninada ainda de calça curta combinou de averiguarem pela greta da janela, o sagrado quarto da solteirona que vangloriava por todos cantos que tinha um excelente marido caprichoso que gostava de ser invisível. Uns dos pilantrinhas o Zé boca sapo foi o primeiro a chegar no quadrilátero, pela fresta só via os pés debaixo dos lençóis exercitando movimentos que levavam a imaginar coisas proibidas a menores de idade. Tempo perdido depois dos exercícios, repouso total fazia o casal imaginário já que era altas horas e nada de saírem da toca, ou debaixo dos lindos linhos importados. Triste retornou para sua casa, pior ter que inventar uma bela história para sua turma amanhã do marido invisível da dona Beti.

Jova
Enviado por Jova em 02/12/2024
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