A Idade Quando Chega
Os pais quando jovens estão ainda juntos com a juventude e com seus filhos preocupados e pensando nos bons caminhos, nas escolas e o melhor para eles dentro de suas condições e o mais importante, com quem eles andam e aonde estarão com um futuro garantido melhor do que os seus pais.
E assim o tempo vai passando e toda a sua opinião e o seu modo de pensar que ele aprendeu e repassou para os seus filho da melhor maneira possível aonde aquele pai nota pela sua experiência de vida não é acatada, pois o adolescente já julga que os ensinamentos do tempo dele não tem mais significado, pois o velho pai sequer sabe o que é informática e tão pouco resolver problemas através de um celular onde ele ainda continua com sua máquina de escrever Oliveti pesando uma tonelada junto com aquele monte de papel e a borracha para tentar apagar algo que escreveu errado e o pior, a vergonha que quando fica sabendo que seu pai ficou parado no tempo e não se evoluiu, por outro lado outros não ficaram.
O telefone é o mm que parece um despertador quando alguém liga para dar recado qualquer e as fichas do famoso orelhão só para aquele da pça da matriz que ainda existe mas com os dias contados e aquele perto da padaria na esquina de casa não existe mais e mm assim o celular para o velho é um martírio e nem gosta de tocar neste assunto e assim pai e filhos aos poucos vão se distanciando um dos outros pela dificuldade e mais pela vergonha daquele herói que se dedicou a vida toda para que os filhos tivessem uma vida discreta e honrada mas com a evolução da tecnologia que aquele idoso não conseguiu acompanhar ficou para o segundo plano, pois foi um velho que pediu para ficar só e não incomodar a vida dos seus filhos e netos e percebendo que contra vontade deles e nóras, só atrapalhava quando se fazia presente em final de ano ou nesta ou naquela festa comemorativa de alguém da família.
Notava também que na sua saída para ir de volta para a sua própria residência onde vivia com seu fiel amigo, o colorido de todos ali presentes mudava da água para o vinho e quem teria que leva-lo de volta sempre reclamando por que só eu é que tenho que fazer isso?
Assim a solidão e o desamparo machucava aquela criatura que tudo fez e só teve a tristeza de volta. Até que um dia deixou tudo em papel passado e a única coisa que restou foi a sua residência para o Asilo e conviver com outros idosos de uma outra cidade onde residiam. Só que no contrato exigiu uma condição que rezava o seguinte. "Assino este contrato, pois foi autorizado de ir junto comigo e lá residir até o final da minha vida o meu verdadeiro amigo que sempre esteve ao meu lado que até hj trago em meus braços e qualquer problema com ele a responsabilidade será toda minha assim como tive com os meus filhos".