O senhor do bilhete
Num hotel quase 30 (trinta) dias, hospedado aquele senhorzinho todos dias após o almoço saia com uma maleta e uma sacola retornava na boca da noite. O atendente um rapaz jovem ficou curioso, mas segurava-se afinal não tinha liberdade para intrometer na vida de idoso. Um certo dia de folga ficou de tocaia e seguiu os passos do misterioso velhinho. Depois de uma boa caminhada, e virar varia esquina ele sentou num banco do jardim, o rapaz de longe pensou: “Ele deve estar cansado; passados algumas minuto o velho levanta, e dirige a uma senhora conversa tira da bolsa uma cartinha entregando-a, volta novamente ao banco. Depois de algumas horas repetiu o mesmo ritual, e assim ficou a tarde toda distribuindo os bilhetes. O rapaz não entendo nada, aumentou mais sua curiosidade, e foi embora cafifado com aquela cena. No dia seguinte no serviço viu o senhorzinho saído novamente depois almoço, e voltou no finalzinho da tarde com a sacola vazia. No final de semana ao chegar no serviço ficou sabendo que o inquilino do 19 foi embora. Ao verificar a ficha de entrada e saída pasmo, era o senhor do bilhete. Pensou com seus botões: “Agora que não saberei mais o que continha naqueles bilhetes, e porque o velhinho fazia essa via-sacra”. Já quase esquecendo do misterioso inquilino, ao abrir o jornal da comarca com letras garrafais reconheceu a foto estampada que dizia assim: “Seria um homem ou anjo sumiu da praça o senhor que distribuía bilhetes que pregava a paz, amor, e felicidade aquém estava passando por momentos difíceis, segundo os frequentadores do jardim municipal esse conselheiro não voltou mais na praça.