Censos Econômicos e Demográfico de 1990 – IBGE

E assim, nasceu o segundo filho o Thiago Augusto Cipriano da Silva em 09 de fevereiro de 1984, esse sim com Registro de Nascimento de Jandaia do Sul, no Hospital Nossa Senhora de Fátima, sob os cuidados, também, do Dr. Massahiro Oga.

Nesse mesmo dia nasceu no hospital acima o primeiro filho de um casal amigo de Borrazópolis, do Ney Lessak e da Ivone Pereira Lessak, pois ambos era Recenseadores lá há várias edições, verdadeiros “pés de chumbo” nas pesquisas mãe do IBGE: Censo Demográfico e Censo Agropecuários!

A vida continuou normalmente nas minhas atividades como SPF – Servidor Público Federal e tomando minhas cachaçadas até 20 de dezembro de 1988, o meu último gole, abstêmio, portanto, pois se voltar a tomar bebida alcoólica: um gole será muito e cem será pouco.

Por causa da alta inflação do Nz$ (Cruzado Novo), moeda da época, o Presidente Fernando Collor de Melo segurou a verba do Censo Demográfico de 1990 só liberando para 1991 – base ano anterior, mas já no Ce$ (Cruzeiro)! Mas com as mesmas taxas de pagamentos por registros diversos de domicílios e pessoas fixadas para o ano anterior; muitas desistências dos Recenseadores pelo Brasil afora, verdadeiras “merrecas” o que ganhavam! Sobrou para o pessoal da Casa, após o término da coleta dos municípios jurisdicionados ir ajudar na Capita e na ZMC – Zona Metropolitana de Curitiba e até em Londrina, Maringá, Ponta Grossa e outros municípios maiores e extensos territorialmente! Fui chamado para ajudar na coleta do CD em Campo Largo; o pessoal do interior se apresentou na Delegacia numa segunda-feira (sempre nesse dia) e formadas várias equipes no Setor do Censo Demográfico. Lá em Campo Largo, por exemplo, arrumamos uma casa cedida pela família do Ratinho, o Carlos Roberto Massa, o Nelsinho, o Ademir, a Márcia, a Dorothi e outros, daí o alojamento com vários colchões, a alimentação compartilhada somente às noites no retorno lá do Bairro Três Córregos, final do município! Ah, foi na época da epidemia do Cólera no Estado Paraná, peguei o “veiaco” e quase “viajei” ao além, sem retorno! Aliás, com diarréias e vômitos tomando aqueles xaropes, sais minerais, etc., o Chefe da Equipe quis me levar para Curitiba para tratamento e falei não! Cumpri e venci o meu Setor e fui sarando, comendo pitangas das margens dos ribeirões e, dê-lhe gaita, gaiteiro! Bah…

Nesta mesma leva cheguei numa casa, me apresentei como Recenseador e a mãe falou para a guria: - vá bradar seu pai na "canhada" do morro, o homem do Recenseamento chegou…!

São histórias que levarei comigo para o túmulo, com muito orgulho, tchê!