A CRIANÇA QUE AINDA HABITA EM MIM
Pés descalços, corria sem temor,
Alma leve, sonhava sem fim.
Menino feliz, em tempo florido,
Onde a vida era um eterno jardim.
Na serra azul, a lembrança aflora,
Da lida na fazenda, do carro de boi.
Nos olhos da criança, um raio de sol,
A seguir a vida, com leveza e voz.
A ansiar por conquistar o mundo inteiro,
Em cada canto, uma nova canção.
Com os amigos, a jornada era leveiro,
Em busca da paz, coração a sonhar.
Hoje, a infância me chama, doce e pura,
Com alma de criança, a memória aflora.
Nos campos, a saltar, a cantar e a assobiar,
A vida era um sonho, a natureza, um altar.
Entre o café e o carro, a alegria reinava,
Nos braços da natureza, seguro e feliz.
Com a cantoria dos pássaros, a vida vibrava,
Um paraíso terrestre, sob o céu azul.
O tempo voa, a vida se transforma,
Mas a pureza da alma, a essência não muda.
Naquele menino, a natureza se firma,
Em cada gesto, um toque de ternura.
Em cada lição, um tesouro a encontrar,
Em cada sorriso, a felicidade a florir.
Agradeço à infância, por me guiar,
E fazer de mim um ser puro e feliz.
Na brisa da serra, a alma se eleva,
Aos tempos de outrora, a memória me leva.
Naquele menino, a vida era um paraíso,
Um sonho eterno, sob o céu azul, feliz.
© (PRINCIPE ESTELAR
Adauto Neves