"Apito de Ouro" ou a "bala de prata"?
Numa tarde qualquer, uma cidadã estava a revisar um documento importante, quando, de uma hora para outra, começaram a disparar várias ligações para o seu celular. Como estava aguardando alguns contatos, ela não deveria desligar o aparelho. E assim sofria ao atender aquelas ligações indesejadas que lhe tiravam a concentração e a sua paz.
No dia seguinte, não foi muito diferente; e ela já não dizia mais “alô”, apenas ouvia...
Ficou horas pensando como se livraria de tais incômodos. Daí lembrou que havia um apito grande na gaveta da sua escrivaninha. Foi até lá, retirou aquele apito, esterilizou e o colocou do lado do celular.
Na primeira ligação, encheu os pulmões de ar e soltou um silvo tão longo... que a fez lembrar dos silvos produzidos pelo apito do icônico guarda de trânsito, conhecido por “Guarda Pelé”, que, na década de setenta, atuava brilhantemente nas ruas centrais de Salvador, cujo malabarismo para controlar o tráfego lhe rendeu tal apelido e fez dele um profissional famoso, sendo depois condecorado, em Londres, com o “Apito de Ouro”.
Todavia, no caso em pauta, está longe de ser um “Apito de Ouro”. Mas, quem sabe, pode ser a “bala de prata” para solucionar um problema antigo que afeta muita gente neste país, que tem o seu sossego desrespeitado a todo momento. Afinal, o apito tem várias utilidades; dentre elas, pedir socorro.