O Místico do Casebre

No seu casebre, ele conseguia contatos transcedentais, com os Mentores Siderais, em noites frias, mesmo, sempre surgiam pessoas a lhe consultar,

Utilizava algumas vezes, éter, e outros componentes, denominados alucinantes, e obtia estados alterados de consciência, algo não muito orientável, pois todo atalho desses, possue um preço, e, raramente, as Forças da Natureza, não cobram caro...!

À borda de seu casebre, distante, algumas casas, umas, 5, vivia um testador de armas comuns, antigas, completamente de caça apenas, porém, algumas dessas armas, potentes.

E aquele testador de armas, o irritava, com seu olhar, maldoso, o olhando passar, mesmo, vez por outra, eles podendo conversar, um com o outro, essa forma dele olhar o místico, causava desconforto na relação de ambos...

Durante seus delírios, por vezes, soltava alguma piada ingênua, direcionada ao apelido do testador de armas, e alguma observação hilária, não muito pesada, o que esse místico desconhecia, era que o testador de armas, estava numa fase delirante, naquele período, de tais piadas, tal testador, a vizinhança, andava a cochichar, o fato dele ter pego o costume de mirar as armas, pelas cercanias, e testar sua mira, próximo das pessoas, de maneira discreta, quase silenciosa.

Passaram vários dias intercalados, dessas piadas ocasionais, corriqueiras, de uma frase apenas, duas semanas, e somente uns quatro dias, houve as ditas piadas, o máximo que se ouvia, era o testador de armas, mandando o místico, a algum lugar desprezível...

Mas, naquela infeliz tarde, eram duas horas e dezesseis minutos, após a piada, feita, o místico, sabe-se lá, por qual razão, falou, e se abaixou rindo,não de forma muito audível...

O estouro se ouviu, arrancando alguns pedaços de tosca tábua de seu barraco, e logo, após uns minutos, entra a esposa do atirador, para ver como o místico estava,

De frente para ele, suando de nervosa, o olhou intacto, ele ainda sorrindo, cheirando um pouco do éter,

-Fulano...Você quase morreu....!

Nada mais se comentou do ocorrido pela vizinhança, pediam para esquecerem o caso, por sorte, o atirador, pode ser acalmado aquele dia, pelos familiares, sim, se arrependeu, mas, quase gerou um óbito.