O primeiro gole é pro santo
“Me vale São Benedito, essa arde mais que pimenta malagueta” foi assim que conheci o velho Prezado. Numa tardinha de domingo na vendinha do seu Bilau entra de boné preto e traje de peão um senhor já idoso mas arretado encosta no balcão pedi uma dose de birita com fernet. Fique curioso nessa tal bebida complementar. Depois da segunda dose o moço ficou eletrizante falava com alto decibéis no ressinto que alojava alguns simpatizante da água que os passarinhos não bebem. A pauta diversificada era temática passando pela vida privada de cada consumidor da bebida etílica até o lado obscuro das patroas mal amadas daquela região. Foi um tal de lava roupa suja com direito a amaciante sem piedade dos cornudos de plantão. Relatório completo com direito sem testemunha abrindo a capivara a todos presente até que a malvada travou de vês a matraca do nosso locutor de rodeio. Todos iam saindo devagarinho de rabo de zóio se o Prezado estava dormindo mesmo, ou fingia de morto para ter mais elementos na sua coleção de enredo das próximas fofoca.