Velinhas Voadoras
Em outubro do ano de 2004 Aya completou 15 anos. Como ela era a caçulinha da família, obviamente, os seus pais não mediram esforços para homenagear o dia tão especial, oferecendo a melhor festa de todos os tempos.
Aya e sua família estavam radiantes e muito, muito felizes, também, quem não ficaria feliz em participar de uma festa que mais parecia um baile daqueles narrados em contos de fadas não é mesmo?
Linda e harmoniosa decoração com flores, lindos vestidos longos e brilhantes, músicas alegres, pessoas animadas,comida e bebida em fartura.
Tudo era lindo,tudo era mágico, inclusive o momento quando soou às doze badaladas da meia-noite e o salão foi preenchido por15 garotos fardados que representavam a guarda da corte da princesa debutante.
Foi combinado e ensaiado que as irmãs de Aya, Alícia e Alitéia entregariam e acenderiam as 15 velinhas que cada rapaz iria segurar para que Aya apagasse durante a valsa no transcorrer do baile.
Alícia ficaria responsável por acender as velinhas.
Alitéia seria a responsável por entregar as velinhas aos rapazes.
Alitéia tinha 21 anos e era uma moça super responsável e madura para a sua idade, mas, tinha um pequeno problema: Ela era uma pessoa extremamente ansiosa.
Ansiosa e estabanada,Alitéia não consegue cumprir exatamente com o combinado e de repente ,enquanto inicia-se a música da valsa é possível acompanhar junto dela o tilintar de pequenos e delicados vidros se espatifando no chão. A explicação?
Alitéia era tímida e ficou ansiosa quando chegou o momento de entregar as velinhas, então,as velinhas que estavam distribuídas igualmente na cestinha que ela carregava, foram caindo a cada passo que Alitéia dava.Nervosa, ela não tinha percebido estar pegando as velinhas apenas de um lado e isso fez com que o peso da cestinha ficasse desigual e assim as velinhas que estavam em uma tulipa de vidro foram se quebrando.
As atenções se voltaram para Alitéia que ficou tão envergonhada que desejou sair correndo ,porém, não o fez.
E assim seguiu o baile...