A garota-fantasma do guarda roupa.
Domingo,dia de reunir a família para confraternizar e é lógico, usufruir daquele almoço super gostoso feito com todo o carinho de uma mãe.
Das três irmãs,Adriana é a filha mais espontânea, aquela que age movida pela emoção do momento.
Estava a família toda reunida como em todas as tardes de domingo, quando as sobrinhas de Adriana resolveram pedir para a tia brincar com elas de esconde-esconde.
Talvez tudo teria sido diferente se a brincadeira fosse realizada em uma casa espaçosa, no entanto, as crianças inventaram de brincar em um pequeno apartamento de 01 quarto dividido em dois ambientes,01 sala,01 cozinha e um banheiro…
O almoço já tinha acabado, a sobremesa estava servida e como de costume, o patriarca da família foi tirar um cochilo no seu quarto. Adriana, sempre muito paciente com as duas crianças(meninas-03 e 06 anos) começou a sua “jornada para encontrá-las”.
Ocorre que Adriana, apesar de já ter 21 anos, sempre teve uma mentalidade muito criativa-sabe como é né? Bem característica de uma futura escritora!
Lany,a menina mais nova e mais serelepe, resolveu pregar uma peça em sua tia e assim, após encontrar a menina mais velha-Ênia, atrás da cortina da sala, Adriana foi para o seu quarto procurar a outra criança.
No quarto, Ênia estava vibrando pela tia não estar conseguindo encontrar a Lany até que…
Enquanto estava procurando a sua sobrinha, Adriana resolveu abrir o seu guarda-roupa para se certificar se a criança não estaria escondida lá, porém, quando abriu o guarda-roupa não percebeu ninguém a não ser uma cabeça de criança dentro de um casaco longo.
A sobrinha mais velha riu porque a tia tinha descoberto o esconderijo da outra menina, mas, também ficou assustada:
A sua tia Adriana do nada e com uma voz meio embargada e trêmula, começou a falar olhando para o guarda-roupa: – Aqui não é o seu lugar, volte de onde você veio, vá encontrar a luz! Isso aconteceu porque quando olhou rapidamente o seu guarda-roupa ao abrir a porta,Adriana viu a cabeça de uma criança, criança que não tinha nem mãos, nem pernas e estava “pendurada pelo cabide com o seu casaco preferido.
Sem entender o que estava acontecendo e já assustado por ouvir a filha falando alto para alguém encontrar a luz, o pai de Adriana, que estava do outro lado do quarto, perguntou:
– O que foi? o que está acontecendo? Foi somente após a pergunta de seu pai que Adriana saiu do seu transe imaginário e percebeu que aquela figura assustadoramente fantasmagórica era na realidade a sua sobrinha que havia se escondido dentro do imenso casaco e estava apenas com a sua cabeça aparecendo.
Passado o grande susto, todos caíram na risada e essa tornou-se uma lembrança feliz e engraçada .
Fim.