Menino remador
Na lâmina d´água avermelhada espelhava um menino correndo mas como se estivesse sob uma esteira não sai do lugar, acelerado movimentava suas pernas oras com passos longo depois médio e outros poderia dizer que a inércia era tanta que a primeira impressão é que estava quase parando. Veio a cortina escura de um início de noite retirando aquela visão atlética trocando tudo por um breu uniforme somente ouvia os chirriar dos grilos, os coaxar dos sapos e rãs porém deitado na relva já molhada pela lenta queda de um sereno da “boca” de uma noite de outono que começava aparecer no céu inúmeros pontilhados brilhantes um deles conhecido como cruzeiros do sul, porém atrás da mata surgi um clarão é o da lua cheia que vêm iluminar toda vereda daquele rincão. Levanta e pega a traia de pesca e ruminando pensa: “Nem percebi que a idade chegou e aquele menino remador se foi a muito tempo”.