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O pessoal (duas amigas) me chamou pra sair; um show intimista voz e violão num barzinho descolado. Consegui superar minha resistência em dirigir à noite e topei. Uma cervejinha e depois água mineral pra lavar a serpentina não seriam nada mal e prestigiar dois músicos que andam ralando pra emplacar seu som é ação meritória.

Chegamos muito cedo? Barzinho vazio.

A moça traz o cardápio: uma lista de cervejas ocupando duas páginas e uns petiscos de nomes curiosos. A maior parte da lista continha cervejas artesanais (virou febre) em sua maioria.

Como não sou afeita ao paladar e ao preço das artesanais eu pedi a ‘de sempre’, nacional.

A moça volta da copa:

- Não tem!

Escolho a segunda opção nacional.

A moça volta:

- Não tem!

Escolho a terceira nacional.

Ela de volta:

Também não tem!

‘Carajo’, porque então constam da lista?

Desculpe moça!

Saio e vou até à padaria da esquina e compro minha latinha nacional.

- Pode trazer ‘Bolinhas de queijo’. Tem?

 

A dupla solta a voz, eu mastigo bolinhas de queijo e espio da janela o meu carro cuidado por um flanelinha...

 

( 2019)