A insônia e um boêmio poeta
Pelos três badalos acredito que seria três da madruga, eu feito bife milanesa rolando na cama. Na falta de sono com pensamentos revivendo os louros e as derrotas dando ênfase aos acontecimentos mais recente ali me encontrava de pijama. Em um determinado instante já cansado dos repertórios pensantes já vivido resolvi ir até a janela e bisbilhotar a avenida que estava nessa hora vazia. Não demorou um vulto de uma pessoa que cambaleava e caminhava lentamente parecia que pisava em cascas de ovos. Quando chegou mais perto observei que estava abraçado com a garrafa, logo imaginei mais um bebum boêmio da madrugada. Reparei que homem além de carregar uma garrafa tinha uma bolsa tira colo sentou na mureta da calçada e rabiscava algo.
Ao ler o jornal no café daquela manhã, na coluna denominada folha cultural deparei com versos românticos mostrando os detalhes que somente são percebidos pelos olhos de um poeta. Lembrei da cena daquela rapaz escrevendo no bloco em plena madrugada enfrente o meu portão. Uma das frases dizia assim: "Depois que ela me deixou virei boêmio, cujo o patrimônio é a roupa do corpo, e de poema em poema vou escrevendo minha história!”.