A solidão depois do show
Oculta a realidade deixando transbordar um prazer fake. No palco da vida não passa de uma profissional, porém ao recolher-se entra no quarto tranca a porta deita na cama de atravessado em uma das mãos segura um copo de uísque com gelo, na outra a companheira cigarreira que abriga mais dois cigarro parece entender seu sofrimento . Deixa os sentimentos fluírem e na retrospectivas vêm a átona os sábios conselhos de sua mãe ao sair de casa, a mentira contada para o pai de trabalhar numa grande empresa multinacional como secretaria executiva que fere como punhal clavado no peito.
Razão não justificada de uma avalanche que se formou numa cachoeira de lágrima e dores, onde o coração foi petrificando expulsando o que restou daquele grande amor onde reinava a paz, a felicidade até que ela apareceu. Hoje é a dama de vermelho que vende falsos prazeres e um coração de pedra, nas suas veias corre sangue aparentemente quente mas de um sentimento frio com previsão de um inverno rigoroso no tocante a um novo amor. Adormece sonhando na ingênua menina de trança do interior que veio para capital fugindo de tudo e todos.