Viagem inesperada
Lapidando as arestas dos dias atuais apoiado na bengala amiga muda os passos até o portão. Debruça no muro e vagamente olha o movimento daquela tarde quente, abafada preste a chover. Não demora aterrissa no meio do cafezal, camisa molhada de suor duas caras cortante no vigor de seus braços a lâmina corta as macega e a poeira que sai da terra faz caracol no meio da rua larga. Logo aparece o fiel companheiro que atende por leão, o sol agonizante tem de ceder espaço para noite que se aproxima. Na casa alguém o espera com dois filhos pequeno que são as joias daquele ninho de amor. Um redemoinho forma ao seu lado nem percebeu e aparece um moço todo de branco pega no seu braço esquerdo dizendo: “Vamos sua hora chegou...”