Depois desse pesadelo não bebo mais cachaça e nem fumo
A noite foi uma criança e ele seu brinquedo, desmaio acordou o sol já estava alto. Alcova de janela pequena o calor de verão dominava o pedaço, jarro de água seco o cinzeiro abarrotado de bitucas, e sua cabeça girava, doía, mas o pesadelo da noite passada reprisava a todo momento o diálogo da malvada cachaça e o cigarro. Ambos se gabavam quem fazia mais mal naquele corpo de um dono sem noção. A malvada dizia debochando e sorrindo: “Fiz um estrago na memória quando adentrei no sistema nervoso, sem falar nos nervos periféricos daquele pião que ficou todo mole que até eu fiquei com pena daquele homem que parecia mais uma marionete ambulante. O cigarro ansioso não queria ficar atrás, falava na gramática as peripécias dos seus malefícios e finalizava relatando os órgãos que ao passar deixou sequelas e a fumaça com ênfase os pulmões do hilariante fumante. Acordou rotando azedo, aquela água amarga que nem fel subindo pela goela caindo na boca, era tão quente que parecia que tinha saído do fogo . Viu o quarto girar pensou vou morrer: “Fez uma promessa pra todos SANTOS, acendeu uma vela, pegou o rosário que ganhou da sua falecida mãe, no monossílabo foi rezando se me ajudar escapasse dessa prometo não ia deixar as noitadas, mas beber essa maldita e fumar o primo dela já mais só cerveja mais com moderação.