A Extensão e o meu almoço.

Essa é uma história ê daquelas que a gente vivência em um dia atípico e nos chama a atenção algum tempo depois, são acontecimentos tão simples corriqueiros, mas conforme a maneira de contar deixa quem ouve ou quem lê bem reflexivo. Coisas muito simples como a que vou contar...

Era uma quarta feira, estava trabalhando e quis aproveitar a hora do almoço para comprar uma extensão.

Aí eu passei no banco, no caixa eletrônico para sacar alguns trocados. Tinha umas 4 pessoas na minha frente e a que estava usando o caixa no momento era um pouco mais idoso e tava tendo dificuldade, mas parecia ser desconfiado e não deixava ninguém ajudar. Eram mais dois caixas eletrônicos, mas, parece que não estava funcionando. Ninguém usava. Resolvi esperar um pouco. Vi que as horas voavam e se o Sr no caixa, demorasse um pouco mais eu não iria conseguir passar na loja elétrica. Bom...resumindo a história.

Depois de quase 20 minutos a pessoa desocupou o caixa e saiu, não sei se resolveu o problema dele, saiu sem nem olhar para os lados. Os outros se autoatendimento rápidos é saíram. Chegou minha vez, a hora que inserir o cartão e apertei o item desejado, aprece na tela. Opção inválida no momento, procure outro caixa. Mas aí não tinha outro, estavam com defeito e não ia dar tempo mais. Meu horário estava quase esgotado. Sai e de volta ao trabalho, eu passei em frente a loja elétrica e resolvi entrar e pelo menos perguntar o preço da extensão. A loja tava vazia e tinha apenas um cliente na minha frente e pelo jeito estava acabando o atendimento. Mas o moço pediu nota fiscal do que havia comprado e o vendedor teve que chamar o rapaz do escritório para trocar a bobina da impressora deles que estava sem papel.

O rapaz do escritório, eu acho que tava almoçando e não gostou de ser incomodado, apareceu limpando a boca com um guardanapo, com ar de chateado. Demonstrando um pouco de má vontade trocou a bobina.

Bem, resolvido esse impasse, meu horário estava para esgotar em pouco mais de 5 minutos. chegou minha vez no balcão. A hora que fui perguntar, o telefone da loja tocou e o vendedor atendeu e fez sinal para eu aguardar um minutinho. Mas aí os minutos voavam e o vendedor continuou no telefone e parecia que era alguém importante, pois o rapaz da loja tratava a pessoa numa enorme e irritante simpatia, ria durante a conversa e dava preço de um item, recomendava outro votava o caso de um ou outro cliente que havia comprado o produto e elogiado. Fazia seu papel de vendedor e eu ali já afobado. Quando eu olho as horas já tinha passado mais de 5 minutos do meu horário e o moço ainda no telefone. Sorridente prosseguindo no atendimento. De repente o rapaz do escritório passa em frente onde a gente estava mas não deu atenção, eu pensei, ele podia até perguntar o que eu precisava, mas nem olhou. Aquela espera foi me dando uma sensação ruim, pois eu estava ali presencialmente eles não me atendiam e dava mais atenção ao telefone. Já tinha passado do meu horário e nada. A hora que o vendedor terminou a ligação telefônica, olhou pra mim e disse, “Guentai aí 5 minutinhos" e saiu literalmente correndo para o interior da loja. Não sei se foi ao banheiro, beber água ou o que. Entendo que ele teria esse direito, mas era eu que tava afobado. Depois de uns longos pequenos minutos resolvi ir embora. Pensei não vou esperar mais.... Ao caminhar rumo à saída loja, quase na porta, o moço chegou no. balcão e me chamou. Disse, me desculpe pela demora, mas o que o senhor precisa. Eu disse da porta mesmo, qual o preço desta extensão simples de 3 ou 5 metros? Ele me respondeu que dessas extensões eles não estavam trabalhando mais.

Pensei ...... Mas né possível Não almocei, não tirei dinheiro no banco e ainda não consegui nem saber o preço da extensão. Ao ir rumo ao serviço já pra lá de 10 minutos atrasados, pensei, só falta agora o meu chefe me chamar a atenção pelo atraso. Mas a hora que eu cheguei o chefe estava no telefone e conversando só fez sinal de joia com o dedo e não disse nada.

Ainda bem.

Wellington Lino Pimenta

10 de dezembro de 2023