No ponto de embarque
Lá estava com seus apetrechos, uma mala surrada, um saco branco amarrado na boca, e um laço empoeirado e um velho berrante pendurado nas costas. Curioso sentei ao seu lado e logo vi que pela passagem iria mesmo destino que eu, o templo dos boiadeiros na festa do peão de Barretos. Puxei conversa com o idoso, e logo foi me dizendo: Seu moço eu já fui bom de laçada, vaquejada, e sempre modestamente onde passei marquei terreno nas arenas. Mas hoje o danado do tempo me limitou, derrubo-me no chão, e confesso que vivo de lembranças e tantos amigos que quase morro de saudade. Mas ainda tenho força de todos anos assistir as glórias da festa do peão de Barretos, sentado na arquibancada tem momentos que me vejo na arena no lombo de um bagual rodopiando deixando ele se cansar, ergo chapéu e faço minha prece olhando nas minhas traias nesse instante chego até chorar de emoção de pertencer aos bravos domadores peão das arenas do meu Brasil.