A espera

Estava lá com sua mala ao lado quando cheguei, embarquei no trem abri a janela e a vi acenando não sei pra quem, mas o lenço branco abanando indicava um adeus ou desejava uma boa viagem. Abri um livro e no intuito de passar o tempo procurei iniciar a leitura do romance (A VIDA ERA ASSIM EM MIDDLEMARCH) de George Eliot. Pois bem, no embarque uns chegam e outros se vai como diz a letra da música da Emilinha Borba “Quem parte leva saudade”. Porém como tem acontecimentos que se espera e depois aparecem, mas outros não voltam mais........

Fiquei pensando naquela cena do meu embarque na estação, uma mala e uma senhora o aceno da partida. Na volta não ha vi mais, curioso perguntei ao guarda da estação fiquei sabendo que aquela senhora tinha fugido do sanatório, ficou assim desde que seu filho mais velho que morava na capital telefonou para esperar no primeiro trem da manhã e ninguém sabe de seu paradeiro já faz ano.

Jova
Enviado por Jova em 11/12/2023
Reeditado em 11/12/2023
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